Não há mais refúgio lá fora
todas as realidades materializadas
não deixam espaço nem tempo
para o amor.
Procuramos uma espécie de sossego
mas abalos sísmicos
tiram o chão de nossos pés
à cada excremento de conexão.
Avançamos no túnel, circular
espiral de insanidades & involução
& perdemos de vista
o que seria melhor.
Não há mais beleza lá fora
todos os sonhos foram roubados
por ladrões que tinham nossa permissão
para nos enganar, nos drogar.
Perdemos o que não sabíamos que tínhamos
o chão, o corpo, a cara, coragem, coração
& quando sentimos falta de asas
descobrimos que nunca tivemos.
O refúgio ainda é o amor...
A quietude ainda é o carinho...
O melhor ainda somos nós...
Mas... outros valores nos assolam
& agora há os poucos que tem alma
& a multidão que a perdeu...
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