Varre o pó dos meses
o buraco negro de nosso tempo escasso...
Suga como devassas loucas
que não compreendem nem o seu porque
de desejos de consumação
diante da porta do abismo...
...eu às vezes penso
se um dia será possível
viver nos sonhos...
Enquanto isso
deito a cabeça no colo da embriagues
& amaldioçoo cada pesadelo
em forma de corpo
que cruzou meu horizonte...
É que nos abismos
não há portas
& sabemos que entramos neles
quando já estamos caindo...
Enquanto os outros
espalham por aí bênçãos
como se fossem ervas daninhas
Eu ainda compartilho contigo
o vazio do abismo que você rasgou...
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