O amor dá-se como um cão adestrado
que late mas não morde os outros
& que só ataca o dono...
O amor pega-se na rua
& traz para casa
para ele redecorar o lugar
& fazer uma espécie de ninho em um canto qualquer...
Eis que tem ideias de destruir
de tintas vermelhas & negras
que tem odor de paredes derrubadas...
O amor é como um animal na chuva
menor do que é com os pelos molhados
& esconde seu glamour colado ao corpo...
O amor faz-se de fraco
para impor sua força
& depois te derruba até do próprio chão
sob seus pés descalços...
Eis que tem pretensão de perdoar o que for
mas é a própria culpa que caminha
em direções contrárias até alcançar tudo
para depois por a perder...
O amor é uma cura
daquilo que queremos morrer
& te faz acordar no meio da noite
com seu pânico de abandono...
O amor te joga na luz da consciência
que você simplesmente não está pronto para entender
& quando dá por si agiu como cego...
Eis que é luta & nunca vitória!
Eis que é fábula & nunca história!
É corte, navalha, não mortalha!
O amor é antes uma falha
sempre nos dando o endereço errado da batalha...
O amor é aquilo que se colhe
do que não se planta
& é a mais humana
das feras destinadas a se extinguirem...
Eis que possui o charme do sacrifício
o sentido do holocausto
a fama do furacão
& a aparência de um anjo insano!
Nenhum comentário:
Postar um comentário