P'ra começar
Sem nenhum "bom dia"
Não há flores ou café da manhã
Sem hora combinada para se falar
Amantes não se conhecem
É do silêncio seu encontrar
& para o silêncio vai
Tudo que disseram...
Podia ser segredo
Mas hoje em dia é popular
Entregar sem se entregar
Receber sem se estar
Podia ser alegria
Mas é insanidade
Inexplicável à luz do amor
& de tudo mais que ignoram...
No meio de tudo
Gira uma dança louca de se matar
Flui mais que companheirismo
Um jeito cruel de se estar despedindo
Sempre que a razão chegar
& ela sempre chega com seu mal estar
Nunca à beira do abismo
Mas no ponto de retorno...
Podia ser diversão
Mas hoje em dia é modo de ser
Tomar sem pedir
Sair sem se despedir
Ninguém fica para trás
Só importa quem seguiu
Assim se vai sem saber
O que importou, quem perdeu, quem ganhou...
P'ra terminar
Sem nenhum "adeus"
Não há achados nem perdidos
Só coisas a se esquecer
Momentos irrelevantes
Quanto mais se regride no tempo
Até finalmente sermos de novo
Amantes desamados em nosso jogo que sempre perdemos...
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