Uma loucura sã
Vivida por procuração
Na quietude de uma casa
Onde não cabe nossos pensamentos
Vivendo nas extensões inertes da vida
Simulando sentimentos que não compreendemos
Gostando & desgostando
Das coisas aleatórias que acontecem
Tudo para esconder verdades que não existem
Que estamos agindo
Que estamos acordados
Que estamos morrendo
O tempo passando
As coisas se repetindo
Não sentimos nada
Reagimos automaticamente
Acreditar que a única forma de ser algo
É quando somos usados por outros
Não é resposta ao vazio
Que sentimos quando não temos utilidade
Crer ser alguém
Nos põem além do uso & do desfrute
Não usar nem ser usado
Talvez seja essa a saída dessa simulação
O programa com defeito que nos guia
Que nos impulsiona desde sempre
Em um mundo imperfeito
No qual damos tudo de nós... para continuarmos insatisfeitos!
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