Sonhei que encontrei a pérola barroca sob os pés da multidão crepuscular que habita o centro da cidade depois da meia-noite...
Saldei a vitória das linhas tortas & rotas sobre as retas que não levam a nenhum lugar, pois são por linhas tortas que traço as simpatias para te encontrar...
Nas ruas retas, por onde uma bela imperfeição dormitava, não eram nenhum dos despertos perfeitos sorridentes que te achavam, mas uns poucos tristonhos que dormitavam...
Sonhei, que por entre as sombras desse pomar de árvores cortadas, pés de romã que brotavam entre o mar & o ar, te achava, ali entre as falésias do mar da noite que te consumia, & a sugava, pérola ecliptóris da fruta carnal...
A pérola barroca do pomar, jóia louca das ondas do amar, flor tatuada das canções de ninar, tarântula estampada na teia do luar, carne branca do tecido quântico a saltar...
Sonhei... quem sabe você pudesse sonhar também... quem sabe, você sonhou & eu só encontrei seu sonhar...
29 de dez. de 2018
20 de dez. de 2018
Herança / Errância
Aquilo que não me disseram,
que eu soube por acaso
ao longo de minha própria senda,
é o importante a se saber!
O que aprendi em livros
de temas esparsos,
O que ouvi em músicas
encontradas no ar,
& vi em filmes
que ninguém disse para assistir,
Sempre foi o mais importante para mim!
Aquilo que adivinhei,
tudo que inventei,
o que só eu sonhei,
& o que me veio de graça
é o que é
verdadeiramente meu!
Quem fiz feliz, quem fiz sorrir
os que magoei, quem fiz chorar,
Os que encontrei só uma vez
& os que encontro sempre,
Todos que amei, junto aos que odiei
Fazem parte da minha vida!
O que eu soube através do carinho,
que disse & escutei
entre o silêncio & o suspiro,
Aquilo que não precisei dizer
nem explicar,
É o que você devia guardar de mim,
Mas para isso precisa estar junta
para eu te ensinar!
O futuro de onde vim,
o presente no qual transito
& o passado ao qual retorno,
suportam o tempo que desafio
& os espaços que abri!
que eu soube por acaso
ao longo de minha própria senda,
é o importante a se saber!
O que aprendi em livros
de temas esparsos,
O que ouvi em músicas
encontradas no ar,
& vi em filmes
que ninguém disse para assistir,
Sempre foi o mais importante para mim!
Aquilo que adivinhei,
tudo que inventei,
o que só eu sonhei,
& o que me veio de graça
é o que é
verdadeiramente meu!
Quem fiz feliz, quem fiz sorrir
os que magoei, quem fiz chorar,
Os que encontrei só uma vez
& os que encontro sempre,
Todos que amei, junto aos que odiei
Fazem parte da minha vida!
O que eu soube através do carinho,
que disse & escutei
entre o silêncio & o suspiro,
Aquilo que não precisei dizer
nem explicar,
É o que você devia guardar de mim,
Mas para isso precisa estar junta
para eu te ensinar!
O futuro de onde vim,
o presente no qual transito
& o passado ao qual retorno,
suportam o tempo que desafio
& os espaços que abri!
16 de dez. de 2018
Nessas horas...
Nessas horas
há lá fora
uma tristeza
que não tem rima,
Não é a noite
não é o clima,
É o açoite
da minha vida:
Sua ausência
presente ainda, meninα!
há lá fora
uma tristeza
que não tem rima,
Não é a noite
não é o clima,
É o açoite
da minha vida:
Sua ausência
presente ainda, meninα!
14 de dez. de 2018
Sabor
saber ler
é conhecer
as palavras
tens o Tao
o Zen
& o Nada
saber ouvir
é entender
o diálogo
as ruas
as praças
os bares
saber ver
é reconhecer
as formas
idéias, estrelas, gatos
palmas, mente, corpos
rios & florestas
saber calar
é apreciar
o silêncio
tens Lao, Chuang
Diógenes
& Heráclito
saber
é mais desaprender
do que deter
folhas
flores
frutos
saber falar
é emanar
o pensar profundo
tens o céu
o inferno
a terra, tormentas
saber pensar
é sintetizar
sentimento & razão
amor
indiferença
vida & morte
saber gozar
é ser íntimo
de si mesmo
solidão
êxtases
amplidões
é conhecer
as palavras
tens o Tao
o Zen
& o Nada
saber ouvir
é entender
o diálogo
as ruas
as praças
os bares
saber ver
é reconhecer
as formas
idéias, estrelas, gatos
palmas, mente, corpos
rios & florestas
saber calar
é apreciar
o silêncio
tens Lao, Chuang
Diógenes
& Heráclito
saber
é mais desaprender
do que deter
folhas
flores
frutos
saber falar
é emanar
o pensar profundo
tens o céu
o inferno
a terra, tormentas
saber pensar
é sintetizar
sentimento & razão
amor
indiferença
vida & morte
saber gozar
é ser íntimo
de si mesmo
solidão
êxtases
amplidões
2 de dez. de 2018
Dezembros
Às vezes... Há uma d i s t â n c i a...
& ela é dessas coisas que define um nada,
& parece aumentar no fim de cada ano...
Por onde você anda? O que você faz?
Você some para doer menos também?
Essa época... Eu sinto como se fosse um l u g a r...
escuro, cheio de coisas confortáveis & desagradáveis
ao mesmo tempo... Eu sinto, eu como, eu ando,
eu cheiro... preencho espaços vazios limpando poeira...
Volto aos mesmos lugares/emoções,
longe, perto, tão aqui & em lugar nenhum...
A emoção é... ...Não sei!
Talvez a de perceber um espaço amplo...
O que se sente com o coração v a z i o?!?!
Isso não mata... aos mortos!
Não vivifica ninguém
essa luminosidade extra de luz fria...
Penso só em você!
Talvez a solidão nos u n a um dia...
Só um dia por ano (ou dois...) estejamos próximos
em uma dimensão desmaterializada,
a proximidade dos des-esperados!
& ela é dessas coisas que define um nada,
& parece aumentar no fim de cada ano...
Por onde você anda? O que você faz?
Você some para doer menos também?
Essa época... Eu sinto como se fosse um l u g a r...
escuro, cheio de coisas confortáveis & desagradáveis
ao mesmo tempo... Eu sinto, eu como, eu ando,
eu cheiro... preencho espaços vazios limpando poeira...
Volto aos mesmos lugares/emoções,
longe, perto, tão aqui & em lugar nenhum...
A emoção é... ...Não sei!
Talvez a de perceber um espaço amplo...
O que se sente com o coração v a z i o?!?!
Isso não mata... aos mortos!
Não vivifica ninguém
essa luminosidade extra de luz fria...
Penso só em você!
Talvez a solidão nos u n a um dia...
Só um dia por ano (ou dois...) estejamos próximos
em uma dimensão desmaterializada,
a proximidade dos des-esperados!
18 de nov. de 2018
AnoiTecidos
Noite adentro
pela espiral das horas
penetrar...
...despertos desassombrados desdormidos...
Somos o véu
em que a noite inscreve sua sedação...
Adentrar na noite
não pelo horizonte
mas pelo vertigo...
...de pé, caminhando pelo túnel que se abre...
Somos a seda
pela que a noite exala seu desvelar...
A noite sendo
na mente o peso dos momentos
que o nó soturno ata-nos...
...descamados nocivos desacomodados...
Somos vagas noturnas
que se diluem na escuridão...
Noite adentro
mergulhando na vigília
em uma lucidez noctívaga...
pela espiral das horas
penetrar...
...despertos desassombrados desdormidos...
Somos o véu
em que a noite inscreve sua sedação...
Adentrar na noite
não pelo horizonte
mas pelo vertigo...
...de pé, caminhando pelo túnel que se abre...
Somos a seda
pela que a noite exala seu desvelar...
A noite sendo
na mente o peso dos momentos
que o nó soturno ata-nos...
...descamados nocivos desacomodados...
Somos vagas noturnas
que se diluem na escuridão...
Noite adentro
mergulhando na vigília
em uma lucidez noctívaga...
15 de nov. de 2018
Sacr-ário/ilégio
No lugar escuro do teu coração,
aquela sala aveludada
de espinhos rasteiros,
Ali onde repousa o vermelho
& a insanidade...
Eu vou entrar...
Lá onde são cultuados
os santos & os pecadores
em ídolos de verbos mal ditos,
Lá onde não há consciência
do desejo por prisões...
Eu vou blasfemar...
Não rezarei para os deuses da melancolia
que te extirpam sorrisos
& te fazem quimera,
Se você insiste em ser
tudo aquilo que o perigo manda...
Eu vou te perpetuar...
aquela sala aveludada
de espinhos rasteiros,
Ali onde repousa o vermelho
& a insanidade...
Eu vou entrar...
Lá onde são cultuados
os santos & os pecadores
em ídolos de verbos mal ditos,
Lá onde não há consciência
do desejo por prisões...
Eu vou blasfemar...
Não rezarei para os deuses da melancolia
que te extirpam sorrisos
& te fazem quimera,
Se você insiste em ser
tudo aquilo que o perigo manda...
Eu vou te perpetuar...
9 de nov. de 2018
Seis Cantos do Mar
Cais,
um porto do outro lado do mar.
Caos,
um ponto dentro do amar...
Nessas águas circulares
impossíveis de sair
Torvelinho de anelos & afetos
afagos no fado
Eu vou naufragar...
Há um mar que teu nome transborda
são vagas breves de paixão
abertas entre dois aa
que comportam a imensidão...
O imã de nossas bocas
secreta a fauna do nada
que vamos buscar
Ave marinha, peixe de asas
Barco a navegar...
O oceano é imenso
quero inconsciente me jogar
Mas sempre lembro
Afogo... Há fogo nesse mar...
Pois o mar é você
Quatro encantos para se navegar
um para aportar
& um para se afogar...
um porto do outro lado do mar.
Caos,
um ponto dentro do amar...
Nessas águas circulares
impossíveis de sair
Torvelinho de anelos & afetos
afagos no fado
Eu vou naufragar...
Há um mar que teu nome transborda
são vagas breves de paixão
abertas entre dois aa
que comportam a imensidão...
O imã de nossas bocas
secreta a fauna do nada
que vamos buscar
Ave marinha, peixe de asas
Barco a navegar...
O oceano é imenso
quero inconsciente me jogar
Mas sempre lembro
Afogo... Há fogo nesse mar...
Pois o mar é você
Quatro encantos para se navegar
um para aportar
& um para se afogar...
3 de nov. de 2018
❤️Persephane & Hades
-Coração de Persephane
Ela, que mastiga
a primavera & o verão
entre os dentes...
Ela, que cultiva
beija-flores
para o abate...
Ela, que transmuta
do negro
ao dourado...
Ela, que possui
um humor
para cada estação...
Ela, que se afoga
no caldo sangüíneo
de romãs maduras...
Ela, que tem dois corações
o dela no peito
& o meu nas mãos...
-Coração de Hades
Meu inferno está cheio... de boas intenções,
Aqui eu reino, aqui eu sirvo...
Fico ao alcance, não me distancio
desse animal que morde
desse fogo que se espalha
dessa dor que não cessa
desse frio que quer seu calor;
Aproximo-me, eu abro as portas dos sentidos,
Eu deixo a carne saber que eu quero esse mal
quando olho para luz que se reflete em você;
A dor que resta, a dor que não basta
é a insanidade que te acolhe dentro de mim,
Espero... um mal maior... para me livrar de você...
Mas se você vier... eu sacrifico a eternidade...
& te abraço,
necessidade maior que o Amor!
Ela, que mastiga
a primavera & o verão
entre os dentes...
Ela, que cultiva
beija-flores
para o abate...
Ela, que transmuta
do negro
ao dourado...
Ela, que possui
um humor
para cada estação...
Ela, que se afoga
no caldo sangüíneo
de romãs maduras...
Ela, que tem dois corações
o dela no peito
& o meu nas mãos...
-Coração de Hades
Meu inferno está cheio... de boas intenções,
Aqui eu reino, aqui eu sirvo...
Fico ao alcance, não me distancio
desse animal que morde
desse fogo que se espalha
dessa dor que não cessa
desse frio que quer seu calor;
Aproximo-me, eu abro as portas dos sentidos,
Eu deixo a carne saber que eu quero esse mal
quando olho para luz que se reflete em você;
A dor que resta, a dor que não basta
é a insanidade que te acolhe dentro de mim,
Espero... um mal maior... para me livrar de você...
Mas se você vier... eu sacrifico a eternidade...
& te abraço,
necessidade maior que o Amor!
2 de nov. de 2018
PoetizAr-te
Fazer de você arte,
é recolher os cacos que eu mesmo despedaço,
& com eles cortar os pulsos
para esgotar o desespero de te amar...
Fazer arte por você,
é armazenar as lágrimas
em que eu me afogo
& misturar à lembrança do teu odor
destilando o veneno
que nos liberta da prisão do caso...
Fazer, por você, a arte,
é contrair as feridas abertas
para que nelas não polulem
máculas de um outro amor,
& nas noites de febre
inalar a solidão que da arte trago
a anti-cura dessa paixão!
Você: arte & dor/prazer,
Emendar os cacos para de novo quebrar...
Enxugar as lágrimas para de novo chorar...
Cicatrizar as feridas para de novo machucar...
é recolher os cacos que eu mesmo despedaço,
& com eles cortar os pulsos
para esgotar o desespero de te amar...
Fazer arte por você,
é armazenar as lágrimas
em que eu me afogo
& misturar à lembrança do teu odor
destilando o veneno
que nos liberta da prisão do caso...
Fazer, por você, a arte,
é contrair as feridas abertas
para que nelas não polulem
máculas de um outro amor,
& nas noites de febre
inalar a solidão que da arte trago
a anti-cura dessa paixão!
Você: arte & dor/prazer,
Emendar os cacos para de novo quebrar...
Enxugar as lágrimas para de novo chorar...
Cicatrizar as feridas para de novo machucar...
27 de out. de 2018
AO - livro arcaico
murmurados desde a epinóia
que se convulsiona do cotidiano até ao Pleroma da imaginação livre, amorosa,
dinâmica, emanadora, que se quer & quer seu conduto em paragens melhores,
mantém aberta as sendas do sonho, para que não morra o espírito antes do
tempo-findus que lhe deve a existência...
Mas eis que se encontra
exausta (a palavra), quer romper, quer desaparecer, mas aparecer também, quer
se iluminar, tornar-se luz, ser levada pela luz serena, de sentido, sentidos,
sem tidos...
Consciência nova e já
antiga, que erigiu sua mito-poiesis ao longo de uma curta vida que se repete
desde sempre. Eis o presságio do Meio-dia, da liberação dos ciclos repetitivos
do eterno-retorno do mesmo... eis os murmúrios do perdão, da libertação...
Quer-se então simples,
rustica, serena, original, mínima, vazia, caótica ao máximo...
Quer asas de abutre &
ventre de aranha...
& para isso ousa uma
obra, uma ato de emanarte, um manuscrito digital, que seja, um simples rastro
no monumental momento de armazenamento de dados & extrapolações...
Siglas, signos,
escarificações na pele digital, com ímpeto analógico, sempre, pois nosso
arcaico é o analógico, & nada mais antes disso nos cabe...
&ntão compõe um livro
primitivo, livro corpo, livro energia, caderno coisa, casa, lar, vila, cidade,
loja, loucura, locus, logos, lugar... pois o lugar das ideias de um poeta... é
o livro, livro, libre, livre...
Com “palavras” rompidas, que
parem,
ejaculam, alucinam, original
varginalmente,
virgens nunca faladas,
novi-sem-idade, palavras
criminais, marginais,
originais, incestuosas, extra-vagantes, pal-aves ar-tificiais, inaugurais,
inauditas até então...
& nessa forma de
expressão sonorrealista, surreal, irreal, real, mas não fatal, leal, serial...
compõe a obra em movimento... fisiológica, alucinada!
&
é que
existe uma mulher
ela é tudo
corpo, alma, espírito
razão, loucura
22 de out. de 2018
Tomei partido dos lúcidos
Tomei partido dos que caíram
& preferiram reinar
em seu inferno pessoal
do que ter que servir
à qualquer promessa de paraíso!
Tomei partido dos que sorriem
& não se apegaram
aos motivos que tem para chorar!
Tomei partido do amor
mesmo os mestres dizendo
que viver é sofrer
& dar a outra face!
Tomei partido do vinho
& das festas que levam ao êxtase,
os ritos de morte & loucura
que revelam aquilo que somos!
Tomei partido da fêmea
dos animais, dos mendigos, das crianças
que nada exigem a não ser atenção!
Tomei partido,
Tornei partido
& emendei
sentimento & razão!
Tomei partido do lúcidos!
& preferiram reinar
em seu inferno pessoal
do que ter que servir
à qualquer promessa de paraíso!
Tomei partido dos que sorriem
& não se apegaram
aos motivos que tem para chorar!
Tomei partido do amor
mesmo os mestres dizendo
que viver é sofrer
& dar a outra face!
Tomei partido do vinho
& das festas que levam ao êxtase,
os ritos de morte & loucura
que revelam aquilo que somos!
Tomei partido da fêmea
dos animais, dos mendigos, das crianças
que nada exigem a não ser atenção!
Tomei partido,
Tornei partido
& emendei
sentimento & razão!
Tomei partido do lúcidos!
19 de out. de 2018
Inspiração
No jardim,
quintal de si,
ela dança em instantâneos...
Em volta da amoreira,
esse pé de fruta-borboleta
que a sonha,
& ganha asas de papel
para seus pés bailarem...
No quintal
jardim de si,
ela colhe o silêncio
que as cigarras não deixam fazer...
Quem sabe se ela pisa as folhas
ou apenas voa por ali?
Há sucos a se macerar
sem tocar os pés no chão...
É o caldo da imaginação!
No instantâneo
lugar nenhum,
ela esconde um olho
de trás de uma folha verde...
& olha adiante,
ela olha o instante
que metade do seu sorriso
também escondeu...
Lá,
no jardim-corpo-quintal,
ela come pela metade
a fruta da realidade...
Logo pássaros crisálidas gatos
cães poetas gente
peixes que voam virão po(u)sar,
& pela sua mão & arte
há de metamorfosear
a dureza que levou metade de seu sorriso
em cor & paz!
quintal de si,
ela dança em instantâneos...
Em volta da amoreira,
esse pé de fruta-borboleta
que a sonha,
& ganha asas de papel
para seus pés bailarem...
No quintal
jardim de si,
ela colhe o silêncio
que as cigarras não deixam fazer...
Quem sabe se ela pisa as folhas
ou apenas voa por ali?
Há sucos a se macerar
sem tocar os pés no chão...
É o caldo da imaginação!
No instantâneo
lugar nenhum,
ela esconde um olho
de trás de uma folha verde...
& olha adiante,
ela olha o instante
que metade do seu sorriso
também escondeu...
Lá,
no jardim-corpo-quintal,
ela come pela metade
a fruta da realidade...
Logo pássaros crisálidas gatos
cães poetas gente
peixes que voam virão po(u)sar,
& pela sua mão & arte
há de metamorfosear
a dureza que levou metade de seu sorriso
em cor & paz!
17 de out. de 2018
Mentiras Reveladas
Vou te vestir de cordas
te vestir de beijos
te vestir de tatuagens...
Te cobrir de poros eriçados
de carne mordida
de pele branca suada...
Vou despir teu pescoço das jóias
te despir das cercas do pudor
te despir do desespero de chegar lá...
Quero te cobrir de vergonhas novas
de fantasmas dos dogmas
de culpas por não ter deixado...
Como são tolas as mentiras dos homens!
Você já estava vestida,
já estava coberta,
Você mesma se despiu
& veio aqui - revelada!
Eu só fiz o que você quis...
te vestir de beijos
te vestir de tatuagens...
Te cobrir de poros eriçados
de carne mordida
de pele branca suada...
Vou despir teu pescoço das jóias
te despir das cercas do pudor
te despir do desespero de chegar lá...
Quero te cobrir de vergonhas novas
de fantasmas dos dogmas
de culpas por não ter deixado...
Como são tolas as mentiras dos homens!
Você já estava vestida,
já estava coberta,
Você mesma se despiu
& veio aqui - revelada!
Eu só fiz o que você quis...
15 de out. de 2018
Ainda vale a pena
Ainda vale a pena
escrever poemas?
Se sim, sempre valerá!
Se não, nunca valeu!
Porque hoje
nada dói mais do que ontem,
& os motivos para sorrir ou chorar
sempre estiveram dentro de mim,
Pois meus sorrisos nunca foram vagos
não são movidos à álcool, sadismo, escárnio...
Cada vez que amei a beleza
foi porque ela é maior que toda insanidade,
& se amanhã descobrir dores maiores
farei delas temas para poemas,
Não vou mudar o mundo
mas o mundo também não vai me mudar!
escrever poemas?
Se sim, sempre valerá!
Se não, nunca valeu!
Porque hoje
nada dói mais do que ontem,
& os motivos para sorrir ou chorar
sempre estiveram dentro de mim,
Pois meus sorrisos nunca foram vagos
não são movidos à álcool, sadismo, escárnio...
Cada vez que amei a beleza
foi porque ela é maior que toda insanidade,
& se amanhã descobrir dores maiores
farei delas temas para poemas,
Não vou mudar o mundo
mas o mundo também não vai me mudar!
13 de out. de 2018
Cante Essa Canção
Tem dias que não quero te ver'
Passo por outro caminho,
onde sei que teu perfume não vai estar;
Com você aprendi como o amor faz sofrer'
& nada valem palavras de carinho,
O amor é da brutalidade do dizer ou calar;
Quase não te reconheço mais'
Você se torna tão rara no trato,
Mas nunca, por nada, sairá do meu coração;
...& quando me ler aqui, paixão,
Não passe rápido,
Cante isso como se fosse uma canção...
Fora os dias que só penso em você'
Tem dias que não quero te ver
& como é difícil deixar de pensar...
Tirando as horas de obsessão,
Passo por outros caminhos,
me tornei mestre em rotas de colisão;
O amor é da brutalidade do dizer ou calar,
Te amo, silêncio, canção,
Nunca falei ou deixei-me calar;
...& quando me ver aqui, no chão,
Não passe tão rápido,
Cante isso pra ti, como se fosse uma canção...
Eu te chamo, te componho'
de trás para frente, dá no mesmo,
Você se torna tão rara, no sonho;
Teu nome está onde não o ponho'
começa com A, luz que vejo,
& não diminui em desejo...
...Quando não me ler mais aqui
Não pense rápido, ainda a almejo,
Somente cante essa canção,
que para você é mais um beijo...
Passo por outro caminho,
onde sei que teu perfume não vai estar;
Com você aprendi como o amor faz sofrer'
& nada valem palavras de carinho,
O amor é da brutalidade do dizer ou calar;
Quase não te reconheço mais'
Você se torna tão rara no trato,
Mas nunca, por nada, sairá do meu coração;
...& quando me ler aqui, paixão,
Não passe rápido,
Cante isso como se fosse uma canção...
Fora os dias que só penso em você'
Tem dias que não quero te ver
& como é difícil deixar de pensar...
Tirando as horas de obsessão,
Passo por outros caminhos,
me tornei mestre em rotas de colisão;
O amor é da brutalidade do dizer ou calar,
Te amo, silêncio, canção,
Nunca falei ou deixei-me calar;
...& quando me ver aqui, no chão,
Não passe tão rápido,
Cante isso pra ti, como se fosse uma canção...
Eu te chamo, te componho'
de trás para frente, dá no mesmo,
Você se torna tão rara, no sonho;
Teu nome está onde não o ponho'
começa com A, luz que vejo,
& não diminui em desejo...
...Quando não me ler mais aqui
Não pense rápido, ainda a almejo,
Somente cante essa canção,
que para você é mais um beijo...
1 de out. de 2018
A Abelha
A vespa salvei,
tinha dorso cor de flor de laranjeira,
& vendo melhor
era uma abelha do cerrado;
Agradeceu se penteando
diante dos meus olhos
& afastou de mim
seu ferrão;
Voou para o Leste
pra trazer a Aurora
Sem maior satisfação
sem agradecer minha obrigação;
Voou, não mais perdida,
rumo onde brota mel
do céu do sol do fel
da vida...
tinha dorso cor de flor de laranjeira,
& vendo melhor
era uma abelha do cerrado;
Agradeceu se penteando
diante dos meus olhos
& afastou de mim
seu ferrão;
Voou para o Leste
pra trazer a Aurora
Sem maior satisfação
sem agradecer minha obrigação;
Voou, não mais perdida,
rumo onde brota mel
do céu do sol do fel
da vida...
23 de set. de 2018
Nupciαl
Tornei o vinho
uma lembrança vulva
de embriaguez fêmea...
Vinhas veias gozosas
frutos todos
colidindo em concepção...
Fêmea Arcana
do Eterno Masculino
abre seus vazios como dádiva à emanação...
Sangria de mar & lua
fermentada ao sol
Solve & coagula...
Tornaste o cálice
esse sabor pele
quando levou à boca a palavra...
Oração de conjunção
de uma fruta penetração
Nós dois na presença do Pra-Ser...
Não cantemos destinos
em nossos soluços frêmitos
Eis que é tudo graça...
O sabor ave
O pendor falo
Pomba & Serpente insurrectos...
uma lembrança vulva
de embriaguez fêmea...
Vinhas veias gozosas
frutos todos
colidindo em concepção...
Fêmea Arcana
do Eterno Masculino
abre seus vazios como dádiva à emanação...
Sangria de mar & lua
fermentada ao sol
Solve & coagula...
Tornaste o cálice
esse sabor pele
quando levou à boca a palavra...
Oração de conjunção
de uma fruta penetração
Nós dois na presença do Pra-Ser...
Não cantemos destinos
em nossos soluços frêmitos
Eis que é tudo graça...
O sabor ave
O pendor falo
Pomba & Serpente insurrectos...
20 de set. de 2018
Bússola
Vivo morto, navegando naufragado
& tenho esse sonho
que é um cadáver seu...
Repousa na escripta do mais belo jardim
de um desejo desejado até a perfeição...
Há esse hemisfério onírico
com suas ilhas preditas,
entre elas, eu & você...
Desalinhados um do outro
pelas erupções da tragédia
que emergem no intrânsito oceano
do vir a ser...
Navego até lá sem direção & sempre a encontro,
No círculo a estrela é a intuição & a sorte,
Navego até lá em um barco
chamado "Phlainiliante",
...um nome inventado:
"Aquele que desliza entre as ilusões"...
É uma nau do desassossego,
ancorado na ilha da esperança,
onde está esse jardim da saudade;
Campo santo
que nem devia existir...
Minha bússola só aponta
para a constelação de Anarquiáries,
tua casa arquétipca...
Enchi as velas
com o vento do desamparo,
& gargalhei em meio à tormentas
lembrando a sina
de Perséfone ao lado de Hades,
que correu para o mar carregando seu pomar,
Como um maldito corsário
do amor...
Às vezes remexo nessa ferida inventada,
volvo essas águas com cascos de pedra...
Qualquer sensação profunda em relação à você, mesmo que ilusão,
é melhor que não pensar em ti,
ou te esquecer...
Me desculpe se ando te assombrando!
Todo mal-estar da vida
tremula em correntes invisíveis
que nos ancoram entre o possível & o impossível,
Sou um tripulante de barcos sonhados, fantasmas,
velejando pela insatisfação...
& ao desembarcar
sou um jardineiro entre criptas
que zelo em seu nome,
Templos ao tudo/nada interdito
de um gostar
erigidos em ilhas não habitadas
na costa desse desespero
& solidão...
Tenho esse sonho orgânico,
vivo & morto...
É algo que flui do chão,
uma planta bela & espinhosa,
que cresce no solo, mergulha no mar, ascende ao ar...
Roseiral-mar-nuvem-sonho
esquecido desse sentimento:
...deslizar entre as ilusões...
Tenho um barco de pedra
para naufragar...
Tenho asas de sonhos
para adormecer...
Tenho lugares oníricos
para onde me dirigir...
Coisas para suportar
não te ter...
& tenho esse sonho
que é um cadáver seu...
Repousa na escripta do mais belo jardim
de um desejo desejado até a perfeição...
Há esse hemisfério onírico
com suas ilhas preditas,
entre elas, eu & você...
Desalinhados um do outro
pelas erupções da tragédia
que emergem no intrânsito oceano
do vir a ser...
Navego até lá sem direção & sempre a encontro,
No círculo a estrela é a intuição & a sorte,
Navego até lá em um barco
chamado "Phlainiliante",
...um nome inventado:
"Aquele que desliza entre as ilusões"...
É uma nau do desassossego,
ancorado na ilha da esperança,
onde está esse jardim da saudade;
Campo santo
que nem devia existir...
Minha bússola só aponta
para a constelação de Anarquiáries,
tua casa arquétipca...
Enchi as velas
com o vento do desamparo,
& gargalhei em meio à tormentas
lembrando a sina
de Perséfone ao lado de Hades,
que correu para o mar carregando seu pomar,
Como um maldito corsário
do amor...
Às vezes remexo nessa ferida inventada,
volvo essas águas com cascos de pedra...
Qualquer sensação profunda em relação à você, mesmo que ilusão,
é melhor que não pensar em ti,
ou te esquecer...
Me desculpe se ando te assombrando!
Todo mal-estar da vida
tremula em correntes invisíveis
que nos ancoram entre o possível & o impossível,
Sou um tripulante de barcos sonhados, fantasmas,
velejando pela insatisfação...
& ao desembarcar
sou um jardineiro entre criptas
que zelo em seu nome,
Templos ao tudo/nada interdito
de um gostar
erigidos em ilhas não habitadas
na costa desse desespero
& solidão...
Tenho esse sonho orgânico,
vivo & morto...
É algo que flui do chão,
uma planta bela & espinhosa,
que cresce no solo, mergulha no mar, ascende ao ar...
Roseiral-mar-nuvem-sonho
esquecido desse sentimento:
...deslizar entre as ilusões...
Tenho um barco de pedra
para naufragar...
Tenho asas de sonhos
para adormecer...
Tenho lugares oníricos
para onde me dirigir...
Coisas para suportar
não te ter...
5 de set. de 2018
.si.gi.lo.
}sVoOnChÊo{
...te levo às estrelas,
até o fim do mundo,
à uma cabana no campo;
...voos, charme, obsessão...
O que separa o amor
não é a chance, o tempo, o espaço, o gosto, o medo, o laço, a dose...
É o querer que não é
Intenso o bastante!
O insuportável é só uma forma de sentir mais... & mais...
Apego/Afeto
Energize, queime, incomode...
Há corações que são vastidões
a se preencher
antes de transbordar!
}tVeOnChÊo{
...te levo às estrelas,
até o fim do mundo,
à uma cabana no campo;
...voos, charme, obsessão...
O que separa o amor
não é a chance, o tempo, o espaço, o gosto, o medo, o laço, a dose...
É o querer que não é
Intenso o bastante!
O insuportável é só uma forma de sentir mais... & mais...
Apego/Afeto
Energize, queime, incomode...
Há corações que são vastidões
a se preencher
antes de transbordar!
}tVeOnChÊo{
4 de set. de 2018
Läzwärd
Dentro de todo corpo azul
Balança solto um esqueleto azul
Sacudido pelo frescor da arte azul
de Yves Klein. Azuis... & Nu!
Porque a maioria das cores começa
com a letra A...
& a poesia tem "α" de aedo...
Cor do céu sem nuvens
& da escrita sem medo...
Canta a cor da tua língua
Do teu olhar franco
Pinta a tua dor à míngua
Daquilo que não te faz santo
Esse negro diluído
dos cabelos de Nuit
Esse oceano refletido
no teto de nossa suite
De repente tuas azuis vísceras
& tua azul fadiga de levantar
Insolente azuis premissas
Que permitem azuis nos excitar
Dentro de todo corpo azul
Balança solto um esqueleto azul
Sacudido pelo frescor da arte azul
de Yves Klein. Azuis...
& nus...
Balança solto um esqueleto azul
Sacudido pelo frescor da arte azul
de Yves Klein. Azuis... & Nu!
Porque a maioria das cores começa
com a letra A...
& a poesia tem "α" de aedo...
Cor do céu sem nuvens
& da escrita sem medo...
Canta a cor da tua língua
Do teu olhar franco
Pinta a tua dor à míngua
Daquilo que não te faz santo
Esse negro diluído
dos cabelos de Nuit
Esse oceano refletido
no teto de nossa suite
De repente tuas azuis vísceras
& tua azul fadiga de levantar
Insolente azuis premissas
Que permitem azuis nos excitar
Dentro de todo corpo azul
Balança solto um esqueleto azul
Sacudido pelo frescor da arte azul
de Yves Klein. Azuis...
& nus...
3 de set. de 2018
Mofo Rede Social
Tem alguma coisa muito errada!!!
Posso sentir o fedor, cerveja, suor, urina anabolizada...
O cheiro da náusea da rede social...
& essa perfeição cheia de retoques
sem vergonha de passar vexame
porque nunca soube o que é ética!
Fica defendendo o indefensável.
Fazendo piada com o ridículo.
Sentindo orgulho em ser horrível.
Nem bicho os acompanhariam,
nem seus cães os amariam
se entendessem o que os donos sentem. Feras, vampiros, farsantes...
Quem mentiu pra vocês?
Que mentira contaram?
Até o ponto que se inverteu tudo?
Acho que nunca souberam,
é fastidioso demais saber.
Tem que ter sorte! Vai lá que seja!
E vocês deram azar!
Azar de atravessarem suas vidas
certos mal agouro na forma humanóide...
& se for? Por que não cresceram?
Ah! O círculo vicioso...
Sinceramente...
Fazemos mal uns para os outros.
Redes sociais são sistemas de dissolução total da serenidade.
Uma armadilha para uma nova forma de ego: Seco, raivoso, medíocre, debochado, estúpido...
Tudo no fim para produzir no mundo real o grande lixo que está por vir,
& mais, para suportar o grande lixo que já está aí!
Vocês não sentem? O fedor? A náusea?
Isso não é uma teia, ou uma rede, é mofo, é bolor!!!
Posso sentir o fedor, cerveja, suor, urina anabolizada...
O cheiro da náusea da rede social...
& essa perfeição cheia de retoques
sem vergonha de passar vexame
porque nunca soube o que é ética!
Fica defendendo o indefensável.
Fazendo piada com o ridículo.
Sentindo orgulho em ser horrível.
Nem bicho os acompanhariam,
nem seus cães os amariam
se entendessem o que os donos sentem. Feras, vampiros, farsantes...
Quem mentiu pra vocês?
Que mentira contaram?
Até o ponto que se inverteu tudo?
Acho que nunca souberam,
é fastidioso demais saber.
Tem que ter sorte! Vai lá que seja!
E vocês deram azar!
Azar de atravessarem suas vidas
certos mal agouro na forma humanóide...
& se for? Por que não cresceram?
Ah! O círculo vicioso...
Sinceramente...
Fazemos mal uns para os outros.
Redes sociais são sistemas de dissolução total da serenidade.
Uma armadilha para uma nova forma de ego: Seco, raivoso, medíocre, debochado, estúpido...
Tudo no fim para produzir no mundo real o grande lixo que está por vir,
& mais, para suportar o grande lixo que já está aí!
Vocês não sentem? O fedor? A náusea?
Isso não é uma teia, ou uma rede, é mofo, é bolor!!!
2 de set. de 2018
Lar / Exílio
1
Lar
lugar distante de se alcançar
Partir pela manhã
se perder no vazio
ancorar no éter
dobrar a esquina repisada
procurar rumos na saudade
arrastar lembranças
Há rastros de folhas secas
que não guardam pegadas
Trilhas de formigueiros abandonadas
que se interrompem terra adentro
Tapetes de paina
flutuam no vento
Lugares estranhos
dentro da familiaridade das cercanias
Lar
como é difícil alcançar...
2
Nas ruas alheias de outra cidade
claudicar corpo & mente
Memórias rotas
desesperadas procurando semelhanças
Lá longe uma nuvem estrangeira
faz chover aqui
Cacos de vidro estilhaçados
convidam a se apressar
enquanto uma voz cansada sussurra:
"Volte pra casa...!"
3
Por entre as nuvens o caos...
...o caos
penetra no mundo
na forma de luz...
O tempo mesmo
é um exílio
com o qual temos que aprender a perder...
Mas o espaço...!
Ah! O espaço é ainda deleite
mesmo sendo tudo
tão feio aqui...
Tempo
exílio da eternidade
Espaço
lar da existência
4
Exílio
é só o entorno do lar,
transbordar de abandono...
Solidão
é só uma antípoda do coração,
textura exilar sentida...
Ser thanos
auto-exílio em si próprio
aguardando... tudo...
& nada
5
Então
qualquer coisa pouca te cerca
& você quer só... abrigo
A chuva, a maré
a noite, o medo
o cosmos, o tesão
Qualquer coisa pouca te cerca
& você só...
quer abrigo
6
de todas as palavras
a que menos suja a boca
é dizer que 'ama'
de todos os atos literais
o que mais suja as mãos
é a liberdade
rebanhos mudos
multidões
discursando para si próprios
solilóquios
selfies
solidão
7
Parecia só
que era um amanhecer ao Oeste
Parecia
que chovia para cima
Os trovões
ecos mudos das máquinas
& a tarde só mais uma coisa linda
explodida
dentro desse lugar tão feio
Qual de repente
atinge
& se tinge de aurora
8
Que ninguém seja exilado
sem a chance de se despedir
Para além do lar
ou do teu olhar
Uma ultima chance
de se despir
9
Degredo
Dos exílios possíveis
Os dois mais terríveis
Exílio de si
Exílio da rede
Onde estamos a sós sós
Onde estamos a sós acompanhados
10
Nas lonjuras
Escalar abismos inóspitos
para longe do foço do Sol
Subir para o espaço interestelar
ao passo dos caracóis
No vácuo diamantino
congelar a opressão
& não olhar para trás
Outra estrela guarda um lar...
11
Exilar-se é também um ato consciente
uma forma desesperada
de encontrar o lar
A base do fogo
casa das brasas do cozer
Partimos
& levamos conosco
o fogo para o retorno
Acender de novo
a luz, o calor, a saciedade
o amor!
Ø
Exílio/Lar
No auge da solidão
comecei a pensar em caravanas,
& as migrações no ermo
me tocaram com o exílio,
& o exílio me trouxe de novo
expectativas do lar...
Reencontros...
Chamei de lar minha casa
a cidade, o pais, o universo
Mas apreendi & libertei
O corpo é o lar!
Procuramos outros corpos
como formas exemplares
de outros exílios...
Eu, você... nada mais... tudo...
Entender da expatriação
é conhecer a auto-política
O desejo, a paixão, o amor...
Enlaces que nos desprendem
& permitem
partir & voltar!
Lar
lugar distante de se alcançar
Partir pela manhã
se perder no vazio
ancorar no éter
dobrar a esquina repisada
procurar rumos na saudade
arrastar lembranças
Há rastros de folhas secas
que não guardam pegadas
Trilhas de formigueiros abandonadas
que se interrompem terra adentro
Tapetes de paina
flutuam no vento
Lugares estranhos
dentro da familiaridade das cercanias
Lar
como é difícil alcançar...
2
Nas ruas alheias de outra cidade
claudicar corpo & mente
Memórias rotas
desesperadas procurando semelhanças
Lá longe uma nuvem estrangeira
faz chover aqui
Cacos de vidro estilhaçados
convidam a se apressar
enquanto uma voz cansada sussurra:
"Volte pra casa...!"
3
Por entre as nuvens o caos...
...o caos
penetra no mundo
na forma de luz...
O tempo mesmo
é um exílio
com o qual temos que aprender a perder...
Mas o espaço...!
Ah! O espaço é ainda deleite
mesmo sendo tudo
tão feio aqui...
Tempo
exílio da eternidade
Espaço
lar da existência
4
Exílio
é só o entorno do lar,
transbordar de abandono...
Solidão
é só uma antípoda do coração,
textura exilar sentida...
Ser thanos
auto-exílio em si próprio
aguardando... tudo...
& nada
5
Então
qualquer coisa pouca te cerca
& você quer só... abrigo
A chuva, a maré
a noite, o medo
o cosmos, o tesão
Qualquer coisa pouca te cerca
& você só...
quer abrigo
6
de todas as palavras
a que menos suja a boca
é dizer que 'ama'
de todos os atos literais
o que mais suja as mãos
é a liberdade
rebanhos mudos
multidões
discursando para si próprios
solilóquios
selfies
solidão
7
Parecia só
que era um amanhecer ao Oeste
Parecia
que chovia para cima
Os trovões
ecos mudos das máquinas
& a tarde só mais uma coisa linda
explodida
dentro desse lugar tão feio
Qual de repente
atinge
& se tinge de aurora
8
Que ninguém seja exilado
sem a chance de se despedir
Para além do lar
ou do teu olhar
Uma ultima chance
de se despir
9
Degredo
Dos exílios possíveis
Os dois mais terríveis
Exílio de si
Exílio da rede
Onde estamos a sós sós
Onde estamos a sós acompanhados
10
Nas lonjuras
Escalar abismos inóspitos
para longe do foço do Sol
Subir para o espaço interestelar
ao passo dos caracóis
No vácuo diamantino
congelar a opressão
& não olhar para trás
Outra estrela guarda um lar...
11
Exilar-se é também um ato consciente
uma forma desesperada
de encontrar o lar
A base do fogo
casa das brasas do cozer
Partimos
& levamos conosco
o fogo para o retorno
Acender de novo
a luz, o calor, a saciedade
o amor!
Ø
Exílio/Lar
No auge da solidão
comecei a pensar em caravanas,
& as migrações no ermo
me tocaram com o exílio,
& o exílio me trouxe de novo
expectativas do lar...
Reencontros...
Chamei de lar minha casa
a cidade, o pais, o universo
Mas apreendi & libertei
O corpo é o lar!
Procuramos outros corpos
como formas exemplares
de outros exílios...
Eu, você... nada mais... tudo...
Entender da expatriação
é conhecer a auto-política
O desejo, a paixão, o amor...
Enlaces que nos desprendem
& permitem
partir & voltar!
26 de ago. de 2018
Pacto com a Flor
"Em nossos jardins
preparam-se florestas"
(René Char)
De desertos de ruínas dissolvidas
por estradas traficadas
até ruas iluminadas
seus canteiros caiados
...domadas,
as via fugas para todos os lados...
Jardins
imaginados
... suspensos
... ... interiores
... ... ... naturais, forçados,
entreabertos
entreabismos comportados...
Pomares...
Minando veios de sugos
Banquetes frugais aromáticos
devorar cores & gostos
Cercados de frutos por todos os lados & laços...
enfim... Florestas!
Flores estas selvagens...
Rosas secretas
seivas venenosas desconstrutivas,
lianas alucinógenas...
mata mata mata matas
matagal matagal matagal
tagalmatagalmatalgama
galtamagaltamagaltama
Amálgama do vivo com o que dorme
verde rosa necro plúmbeo ocre...
Dilúvio perdição de fertilidade
des orienta ação
Grão de areia semente
um ciclo de quatro meditações
Do pó ao nó da madeira viva
Nossas idéias florais remanescentes
convidam voltar ao arcaico selvagem!
FlorEsta que somos!
...Arquétipos vegetais...
Deixa a flor ramificar
crescer rameira
Fortalecer espinhos
Os cravos enferrujar
Deixe a rosa em paz
ela não vai se pacificar
Reunirá ferrões
& mel abundará
Deixe crescer, esqueça de podar
reflorescer, reflorestar,
até os signos soterrar
de folha podre, raízes, húmus
Pacificar os cipós
Pacificar as serpentes
Dar de comer às feras
a carne do próprio corpo
Devolva cada esperdiçado Adão
de barro à terra dona
Ossos ao ócio
em repouso edênico
À elas, vértebras recuperadas
Uma oferenda à Eva
que por entre a erva, refaz teu gozo
que jorra em ovos de mundos
Assim:
Reverter a semente,
tementes serenas
& que se faça silêncio
para ouvir a floresta crescer!
Procure na mata teu leito
à margem do rio de leite
Ao alcance do beijo no peito
o repouso æterno, esquecimento...
Encontre na flor
o paraíso que resta.
17 de ago. de 2018
(Escrevo...)
Escrevo nesse pedaço de nada
. papel
. pedra
. silício
o que me dita esse mesmo nada
Às vezes falo de algo
às vezes de tu(do)
há vezes, de nada . . .
. anda . . .
. dana . . .
. ana . . .
. da . . .
(são
tantas
as reticências
que se prolongam)
...& parênteses
perturbando
o sentido
real...
Escrevo pelo negativo
porque não canto
porque não desenho
porque não danço
porque não toco
porque sou pouco
& há muito a se dizer!
. papel
. pedra
. silício
o que me dita esse mesmo nada
Às vezes falo de algo
às vezes de tu(do)
há vezes, de nada . . .
. anda . . .
. dana . . .
. ana . . .
. da . . .
(são
tantas
as reticências
que se prolongam)
...& parênteses
perturbando
o sentido
real...
Escrevo pelo negativo
porque não canto
porque não desenho
porque não danço
porque não toco
porque sou pouco
& há muito a se dizer!
15 de ago. de 2018
Urdidura
logo que amanhece a noite
ele já está a trabalhar
labora em pé, labora deitado
elabora no seco & no molhado,
O poeta peixe-boi
cedo compõe 3 ciências in/exatas
2 metafísicas não/contraditórias
& uma geografia erótica:
Corpos lapidados
pelas vagas oceânicas
do prazer & da vergonha,
Continentes, ilhas
sob um céu caído no horizonte
graças à dinâmica entrópica
da Palavra-Verbo que os compôs
& esqueceu (isso que é seu)...
depois que a lua se levanta
aquecendo o árido pomar da subconsciência,
ele ainda entalha tábuas das leis
& do caos;
O poeta abutre-rei
excreta de si 144 desejos
89 lamentações
& 55 formas de orar/amaldiçoar,
Espírito flutuante
erra(dical) como perfume
fragrante delito que voltou ao frasco
na força leve do vento que não cessa
desde o nada no começo de tudo;
Do póro aos póros...
depois de milênios instantâneos entardece
& ao leste se ergue a estrada
até a clareira das musas,
O poeta homem-cavalo
consuma-se com seu arco/lira
até o alvo de sua opressão,
lançando sua flecha-pena-caneta-...
Embebida do veneno tinto
colhido na ferida
do coração de Éros,
das coxas de Perséfone,
das nádegas de Pã;
Escreve os ditos, as odes, os pactos
de mais um pecado-fracasso-êxtase
na memória que não se apaga do próprio D'eus...
nem mais nem menos
dia noite tarde madrugadas
que se perdem na repetição,
O poeta fera-fado de si mesmo
ergue as mãos, afirma os pés,
& su/porta a pressão
dessa vontade violante perene de criar,
como um coveiro sepulta seus mortos,
como as putas tem beijados seu santos corpos,
& como um ar/tista emana sua (c)obra alada,
sinal único
debaixo & sobre a terra
de Vida, planta alucinógena,
que nasce & cresce da língua do poeta;
apesar do tempo que passa & não passa,
que se repete & renova...
ele já está a trabalhar
labora em pé, labora deitado
elabora no seco & no molhado,
O poeta peixe-boi
cedo compõe 3 ciências in/exatas
2 metafísicas não/contraditórias
& uma geografia erótica:
Corpos lapidados
pelas vagas oceânicas
do prazer & da vergonha,
Continentes, ilhas
sob um céu caído no horizonte
graças à dinâmica entrópica
da Palavra-Verbo que os compôs
& esqueceu (isso que é seu)...
depois que a lua se levanta
aquecendo o árido pomar da subconsciência,
ele ainda entalha tábuas das leis
& do caos;
O poeta abutre-rei
excreta de si 144 desejos
89 lamentações
& 55 formas de orar/amaldiçoar,
Espírito flutuante
erra(dical) como perfume
fragrante delito que voltou ao frasco
na força leve do vento que não cessa
desde o nada no começo de tudo;
Do póro aos póros...
depois de milênios instantâneos entardece
& ao leste se ergue a estrada
até a clareira das musas,
O poeta homem-cavalo
consuma-se com seu arco/lira
até o alvo de sua opressão,
lançando sua flecha-pena-caneta-...
Embebida do veneno tinto
colhido na ferida
do coração de Éros,
das coxas de Perséfone,
das nádegas de Pã;
Escreve os ditos, as odes, os pactos
de mais um pecado-fracasso-êxtase
na memória que não se apaga do próprio D'eus...
nem mais nem menos
dia noite tarde madrugadas
que se perdem na repetição,
O poeta fera-fado de si mesmo
ergue as mãos, afirma os pés,
& su/porta a pressão
dessa vontade violante perene de criar,
como um coveiro sepulta seus mortos,
como as putas tem beijados seu santos corpos,
& como um ar/tista emana sua (c)obra alada,
sinal único
debaixo & sobre a terra
de Vida, planta alucinógena,
que nasce & cresce da língua do poeta;
apesar do tempo que passa & não passa,
que se repete & renova...
14 de ago. de 2018
d'Abzu
Nadaamos como peixes sujos
nessas águas impuras,
Elas carregam a escuridão
que trouxeram dos céus,
Mas nós possuímos
todas as fomes
que não purificam
mas aumentam o querer...
Nadaamamos
a não ser a estrela que escolhemos,
Luz que nos leva ao desabar...
Estrela imersa
com um pedaço da noite
que trazemos entalada na garganta,
Nossa própria porção de insatisfação
que carregamos entre as asas afogadas...
Ficamos parados na correnteza,
ela é abissal tanto quanto
o amor profundo que sentimos,
Pesados, hereges, eretos
às vezes só o medo nos desperta
ao flutuarmos incautos
rumo a tudo que é superficial...
Os pesadelos vem
quando você não sabe
que monstro você é,
quando não tem ciência
do mar escuro que deseja entrar
& tua luz é só reflexo da estrela.
nessas águas impuras,
Elas carregam a escuridão
que trouxeram dos céus,
Mas nós possuímos
todas as fomes
que não purificam
mas aumentam o querer...
Nadaamamos
a não ser a estrela que escolhemos,
Luz que nos leva ao desabar...
Estrela imersa
com um pedaço da noite
que trazemos entalada na garganta,
Nossa própria porção de insatisfação
que carregamos entre as asas afogadas...
Ficamos parados na correnteza,
ela é abissal tanto quanto
o amor profundo que sentimos,
Pesados, hereges, eretos
às vezes só o medo nos desperta
ao flutuarmos incautos
rumo a tudo que é superficial...
Os pesadelos vem
quando você não sabe
que monstro você é,
quando não tem ciência
do mar escuro que deseja entrar
& tua luz é só reflexo da estrela.
9 de ago. de 2018
Permuta
...enterrado
nos destroços da perfeição
________... .. . . . . que ruiu
Nada que se compare
com os restos
do impacto contra você
um risco, uma vida, um deflorar,
um encontro
em milhões possíveis
dentro da fração de segundo
em que te conheci!
...arrastado
pelo vácuo tênue
do movimento da galáxia
planta sidero-canibal de si
onde eu afundo,
afundamos,
eu me fundo,
fundamos
um elemento que se anula
quando próximo ao impossível
do amor
& findamos...
...constato
& isso será uma razão só minha
O quanto você me marcou
& sequer soube disso...
...saiba
Eu trocaria
tudo
no cosmos conhecido
por você...
nos destroços da perfeição
________... .. . . . . que ruiu
Nada que se compare
com os restos
do impacto contra você
um risco, uma vida, um deflorar,
um encontro
em milhões possíveis
dentro da fração de segundo
em que te conheci!
...arrastado
pelo vácuo tênue
do movimento da galáxia
planta sidero-canibal de si
onde eu afundo,
afundamos,
eu me fundo,
fundamos
um elemento que se anula
quando próximo ao impossível
do amor
& findamos...
...constato
& isso será uma razão só minha
O quanto você me marcou
& sequer soube disso...
...saiba
Eu trocaria
tudo
no cosmos conhecido
por você...
7 de ago. de 2018
Labiríntico
A luta, poeta,
mesmo que seja maldita a palavra,
é para não perder a si mesmos...
Vejo migalhas no chão,
são restos de homens
espalhados no labirinto da entrega...
Cada rastro de homem quebrado
é um caminho pelo qual sair,
trilha de fome & saber...
Só há a luta!
Ela é insana,
é des
con
cer
tan
te
men
te
bela,
é fêmea,
& a luta se prolonga
até aprendermos a fazer ela nos emendar...
mesmo que seja maldita a palavra,
é para não perder a si mesmos...
Vejo migalhas no chão,
são restos de homens
espalhados no labirinto da entrega...
Cada rastro de homem quebrado
é um caminho pelo qual sair,
trilha de fome & saber...
Só há a luta!
Ela é insana,
é des
con
cer
tan
te
men
te
bela,
é fêmea,
& a luta se prolonga
até aprendermos a fazer ela nos emendar...
3 de ago. de 2018
Tantrax
Não é coisa rara
mas nunca se noticiou nada parecido
à Oeste do Céu Tushita,
Um raio
atingindo uma flor-de-lótus...
Tal seria um sartori imediato
ou um disparo vril
do qual brota um gozo espontâneo...
Ou seria antes
uma sincronia aniquilatória
pulverizando a pérola
que repousa ideal
semântica
literária
no meio das coxas de ....... ...
Um raio que o falo
lingam ereto ejaculatório elétrico
em queda
rumo à flor
à fruta
à dobras nuas externas
do sistema nervoso,
Que acolhe
todo espasmo
de forma yonica
& heróica
o relâmpago que mingua...
Um raio atingindo
uma flor-de-lótus
é como
um machado
que o sândalo (des)fere
com seu perfume...
mas nunca se noticiou nada parecido
à Oeste do Céu Tushita,
Um raio
atingindo uma flor-de-lótus...
Tal seria um sartori imediato
ou um disparo vril
do qual brota um gozo espontâneo...
Ou seria antes
uma sincronia aniquilatória
pulverizando a pérola
que repousa ideal
semântica
literária
no meio das coxas de ....... ...
Um raio que o falo
lingam ereto ejaculatório elétrico
em queda
rumo à flor
à fruta
à dobras nuas externas
do sistema nervoso,
Que acolhe
todo espasmo
de forma yonica
& heróica
o relâmpago que mingua...
Um raio atingindo
uma flor-de-lótus
é como
um machado
que o sândalo (des)fere
com seu perfume...
1 de ago. de 2018
A\/lados
Na selva do desejo
caçamos a carne nossa de cada dia...
uns rastejando,
outr@s com as quatro patas no chão...
Na lama de que foram feit@s
pulsando as pedras do coração...
Mas existem asas
& sobre a selva voar
de êxtase em êxtase subir...
& um tesão de qualidade
a se conquistar,
leve, solto, atmosférico
Prazeres de precipícios...
Busquemos a(r)finidades
(como o ar de nossa vida)
& não co(r)pos
(que usados)
esvaziam & quebram...
Alados ao lado nas alturas
Lado a lado são asas & ar
um do outro!
caçamos a carne nossa de cada dia...
uns rastejando,
outr@s com as quatro patas no chão...
Na lama de que foram feit@s
pulsando as pedras do coração...
Mas existem asas
& sobre a selva voar
de êxtase em êxtase subir...
& um tesão de qualidade
a se conquistar,
leve, solto, atmosférico
Prazeres de precipícios...
Busquemos a(r)finidades
(como o ar de nossa vida)
& não co(r)pos
(que usados)
esvaziam & quebram...
Alados ao lado nas alturas
Lado a lado são asas & ar
um do outro!
26 de jul. de 2018
(Notas sobre a) Travessia
Há essa longa jornada
de se ser o que se é,
Uma marcha no deserto
que não sai do lugar,
Como se fossemos totens
cravados na areia
mas seguimos, autenticamente,
como árvores que caminham...
O deserto fica
entre o jardim da infância
& o oceano do nada,
Quando partimos
jazem em nossos ossos abandonados
& nas lágrimas das emoções
um pouco do que foi
& do que será...
& vamos crê-sendo;
Crescer na travessia é se equilibrar
(areia, mar, ar, andar)
entre o corpo que se afoga
& a mente que aprende a voar
(areias, mares, ares, andares)...
Há os que sucumbem
como um todo ao afogamento
da gravidade da vida
& a forca do real;
& há os que se perdem
nas alturas da leveza da ida
& na loucura dos raios do sol...
Há essa longa jornada
& o que nos salva de nos perder
são os encontros,
Pois dois perdidos que se abraçam
já não estão perdidos mais...
É por isso que vale a pena
um sorriso, um olá,
Vale mais que ouro
no garimpar arrastar dos pés,
Vale mais um abraço de um vivo
do que o enlace dos mortos...
Faz-se então a grande mágicka
O deserto sob os pés
é levado ao espírito
& assim se perfuma como o jardim,
na imaginação
o árido se torna riso
fluindo o ser que deságua no α-mar...
Faz-se então a grande renúncia
O que ficou para trás
& o que está à frente
não importam mais,
Guarda de tais o doce & o amargo,
mas o que vale é a suavidade
de não estarmos sós...
Há essa longa jornada
travessia de um dia de cada vez
Círculos dentro de círculos,
Observe o que seus olhos não vêem
& a memória esqueceu:
O ponto de retorno na linha reta
as ilusões do tempo & das metas...
Está sempre lá,
a cada passo
a cada reencontro,
um pouco do que foi ou ficou,
O sentido da marcha
a ida sem volta
até conseguir o que se almejou...
Nesse momento
já estamos no paraíso,
a eternidade é para sempre
no passado também,
Nesse momento
nem sequer partimos,
pois só sabemos o que procuramos
ao encontrar
(em com trArte)...
É a grande derrota
a entrega total
uma vitória inexistente
Armistício, trégua sem igual
Um intervalo na inexistência,
Aproveite para se deliciar
na longa & seca estrada
misture o doce do jardim
& o amargor sal do mar...
& o deserto cresce/diminui
Ele é a sorte, é a vida
O Sertão certeiro
lugar único de se estar;
Um oceano,
do modo que você encarar,
Vazante dos sonhos & memórias
que um dia se partiu
& para essa calma vai voltar...
Nas areias
aprendemos a navegar
(A carência ensina o valor)
Nos encontros,
corpos que se chocam,
aprendemos a negar
a morte, a solidão, a fome, toda dor,
Diante do abismo um do outro
nos jogamos,
O bom é voar, mas se caímos,
juntos aprendemos como usar
as asas & outros recursos...
Assim, somos mais do que poeira
jogada ao vento pra lá & para cá,
Na longa jornada
tão curta como um passo em falso
Enraizados no cadafalso
ou caminhando
todos chegamos,
longe ou perto,
onde temos que chegar...
Minhas voltas são nos dias
tempo longo ou curto,
não ousei contar,
que te revejo & beijo
o sentido de ainda caminhar,
Se você não é meu destino
não sei então o que é amar...
Há, essa longa jor-nada
Travessia/travessura
a brincadeira de signi-ficar,
Tudo será dado
nada haverá para se tomar,
Cada um se fez ao caminhar
mas se fizeram mais
quem soube deixar se achar,
significando um para o outro
o momento de se encontrar...
Brilho nos olhos
lágrimas onde devem estar,
Leveza & peso
fomos feitos mesmo para carregar,
o peso dos passos
nenhum caminho percorrido há de pesar ao ponto de prender,
Livres então,
para nos achar,
concedemos nos perder...
Ao nada ou nada
Ar, fogo, repousar
reflorestar reflorir,
ao mar, amar,
De certo aprender
mas também ensinar,
nômades dos nós que desfizemos
Vou atravessando
porque vale a pena
o que quero encontrαr...
Há essa
justa jornada:
Travessia!
de se ser o que se é,
Uma marcha no deserto
que não sai do lugar,
Como se fossemos totens
cravados na areia
mas seguimos, autenticamente,
como árvores que caminham...
O deserto fica
entre o jardim da infância
& o oceano do nada,
Quando partimos
jazem em nossos ossos abandonados
& nas lágrimas das emoções
um pouco do que foi
& do que será...
& vamos crê-sendo;
Crescer na travessia é se equilibrar
(areia, mar, ar, andar)
entre o corpo que se afoga
& a mente que aprende a voar
(areias, mares, ares, andares)...
Há os que sucumbem
como um todo ao afogamento
da gravidade da vida
& a forca do real;
& há os que se perdem
nas alturas da leveza da ida
& na loucura dos raios do sol...
Há essa longa jornada
& o que nos salva de nos perder
são os encontros,
Pois dois perdidos que se abraçam
já não estão perdidos mais...
É por isso que vale a pena
um sorriso, um olá,
Vale mais que ouro
no garimpar arrastar dos pés,
Vale mais um abraço de um vivo
do que o enlace dos mortos...
Faz-se então a grande mágicka
O deserto sob os pés
é levado ao espírito
& assim se perfuma como o jardim,
na imaginação
o árido se torna riso
fluindo o ser que deságua no α-mar...
Faz-se então a grande renúncia
O que ficou para trás
& o que está à frente
não importam mais,
Guarda de tais o doce & o amargo,
mas o que vale é a suavidade
de não estarmos sós...
Há essa longa jornada
travessia de um dia de cada vez
Círculos dentro de círculos,
Observe o que seus olhos não vêem
& a memória esqueceu:
O ponto de retorno na linha reta
as ilusões do tempo & das metas...
Está sempre lá,
a cada passo
a cada reencontro,
um pouco do que foi ou ficou,
O sentido da marcha
a ida sem volta
até conseguir o que se almejou...
Nesse momento
já estamos no paraíso,
a eternidade é para sempre
no passado também,
Nesse momento
nem sequer partimos,
pois só sabemos o que procuramos
ao encontrar
(em com trArte)...
É a grande derrota
a entrega total
uma vitória inexistente
Armistício, trégua sem igual
Um intervalo na inexistência,
Aproveite para se deliciar
na longa & seca estrada
misture o doce do jardim
& o amargor sal do mar...
& o deserto cresce/diminui
Ele é a sorte, é a vida
O Sertão certeiro
lugar único de se estar;
Um oceano,
do modo que você encarar,
Vazante dos sonhos & memórias
que um dia se partiu
& para essa calma vai voltar...
Nas areias
aprendemos a navegar
(A carência ensina o valor)
Nos encontros,
corpos que se chocam,
aprendemos a negar
a morte, a solidão, a fome, toda dor,
Diante do abismo um do outro
nos jogamos,
O bom é voar, mas se caímos,
juntos aprendemos como usar
as asas & outros recursos...
Assim, somos mais do que poeira
jogada ao vento pra lá & para cá,
Na longa jornada
tão curta como um passo em falso
Enraizados no cadafalso
ou caminhando
todos chegamos,
longe ou perto,
onde temos que chegar...
Minhas voltas são nos dias
tempo longo ou curto,
não ousei contar,
que te revejo & beijo
o sentido de ainda caminhar,
Se você não é meu destino
não sei então o que é amar...
Há, essa longa jor-nada
Travessia/travessura
a brincadeira de signi-ficar,
Tudo será dado
nada haverá para se tomar,
Cada um se fez ao caminhar
mas se fizeram mais
quem soube deixar se achar,
significando um para o outro
o momento de se encontrar...
Brilho nos olhos
lágrimas onde devem estar,
Leveza & peso
fomos feitos mesmo para carregar,
o peso dos passos
nenhum caminho percorrido há de pesar ao ponto de prender,
Livres então,
para nos achar,
concedemos nos perder...
Ao nada ou nada
Ar, fogo, repousar
reflorestar reflorir,
ao mar, amar,
De certo aprender
mas também ensinar,
nômades dos nós que desfizemos
Vou atravessando
porque vale a pena
o que quero encontrαr...
Há essa
justa jornada:
Travessia!
20 de jul. de 2018
Destino
...Estrelas,
extremo convite à imortalidade
Quem nunca ouviu seu chamado
nem sequer nasceu
Vir à vida
& ao despertar que é crescer
Um dia erguendo os olhos
nos toma de surpresa
a certeza de que existimos
para subir até elas,
Estrelas...
extremo convite à imortalidade
Quem nunca ouviu seu chamado
nem sequer nasceu
Vir à vida
& ao despertar que é crescer
Um dia erguendo os olhos
nos toma de surpresa
a certeza de que existimos
para subir até elas,
Estrelas...
17 de jul. de 2018
Eu Só Existia Sob Teu Olhar
do
Teu corpo lar
saudade...
Do sal do sol do teu olhar,
do
Sempre perto de ti
distante...
No tempo espaço desamparo,
agora
Toco a dor por ela te substituir
mal, matando...
Doer esperança
ou nada,
de lágrimas & lembranças
Carne Memória...
fadiga sua,
Nasci & morri
nos dias perto perto ti...
Teu corpo lar
saudade...
Do sal do sol do teu olhar,
do
Sempre perto de ti
distante...
No tempo espaço desamparo,
agora
Toco a dor por ela te substituir
mal, matando...
Doer esperança
ou nada,
de lágrimas & lembranças
Carne Memória...
fadiga sua,
Nasci & morri
nos dias perto perto ti...
11 de jul. de 2018
Imprιnτιng
Novamente na madrugada
a luα adaga corta as nuvens
como o frio corta os ossos,
Corte igual me lacera
só de tocar com o pensamento em você,
Dói, porque há distâncias que nos encontram
sem procurarmos as percorrer,
Elas nos ligam & separam,
Vem no comum
não comunicado da memória
presa aos lugares
mesmo na madrugada
quando nunca a vi...
Saio para a ruα
que nunca me indaga
sobre o que quero pensar,
& infalivelmente é sempre em você,
Um pe(n)sar que vem
como nuvem ou sombra
me tomando sem surpresa
pelos lugares que repetem seu nome
& o lume de sua outrora presença...
Uma tempestade branda
mistura de tesão & choro
que turva o clima
como distorce a realidade
vem para unir & separar,
pra não me deixar esquecer
de querer a felicidade especial
de te αmαr...
Sai nova da mente,
luα, αnα, ruα,
céu escuro & diα de luz
de nuvens escondidas
& frio de época
com o calor que não se prende,
Tudo é tua perda
& coisas que não se acham mais,
pois já se foi o tempo,
mesmo que o espaço
ainda me leve/pese à você...
& nesse 'levar'
pesar das consequências,
sou só um perdido,
& homens perdidos também amam,
Pois todo lugar & tempo
é rumo que não vai,
são horas que não vem
Não voltam mais
mas falam d'Ela!
a luα adaga corta as nuvens
como o frio corta os ossos,
Corte igual me lacera
só de tocar com o pensamento em você,
Dói, porque há distâncias que nos encontram
sem procurarmos as percorrer,
Elas nos ligam & separam,
Vem no comum
não comunicado da memória
presa aos lugares
mesmo na madrugada
quando nunca a vi...
Saio para a ruα
que nunca me indaga
sobre o que quero pensar,
& infalivelmente é sempre em você,
Um pe(n)sar que vem
como nuvem ou sombra
me tomando sem surpresa
pelos lugares que repetem seu nome
& o lume de sua outrora presença...
Uma tempestade branda
mistura de tesão & choro
que turva o clima
como distorce a realidade
vem para unir & separar,
pra não me deixar esquecer
de querer a felicidade especial
de te αmαr...
Sai nova da mente,
luα, αnα, ruα,
céu escuro & diα de luz
de nuvens escondidas
& frio de época
com o calor que não se prende,
Tudo é tua perda
& coisas que não se acham mais,
pois já se foi o tempo,
mesmo que o espaço
ainda me leve/pese à você...
& nesse 'levar'
pesar das consequências,
sou só um perdido,
& homens perdidos também amam,
Pois todo lugar & tempo
é rumo que não vai,
são horas que não vem
Não voltam mais
mas falam d'Ela!
6 de jul. de 2018
Sigizia
Todo grito
começa em um silêncio...
Qual o silêncio dos teus gemidos?
Todo gozo
vem amarado ao choro...
Qual o choro das tuas alegrias?
Toda despedida
começa com um encontro...
Onde se encontra tuas perdições?
Coisas partes
metades que abraçadas
afagam-afogam-se
& deságuam
ambas
em represas ambigüidades
libertas em si
quando sentidas totais...
Ferida que não separa
junta de cisão
que une dor, ardor,
amor & paixão,
Como se tudo fosse o que é:
-uma coisa só... & acompanhada!
começa em um silêncio...
Qual o silêncio dos teus gemidos?
Todo gozo
vem amarado ao choro...
Qual o choro das tuas alegrias?
Toda despedida
começa com um encontro...
Onde se encontra tuas perdições?
Coisas partes
metades que abraçadas
afagam-afogam-se
& deságuam
ambas
em represas ambigüidades
libertas em si
quando sentidas totais...
Ferida que não separa
junta de cisão
que une dor, ardor,
amor & paixão,
Como se tudo fosse o que é:
-uma coisa só... & acompanhada!
1 de jul. de 2018
Véu
Duas vezes adormecido,
eu o sei
pelas vezes que despertei...
Vi a Lua
à Oeste
& o mínimo clarão da Estrela
que com ela ia...
Na madrugada
não procurava nada
& encontrei tudo...
Vi no Céu,
que não era seu,
a certeira divisão do espaço
de onde era dia raiando
& onde ainda
era noite profunda...
& lá onde era mais escuro
via a Lua & a Estrela
que dançava com ela...
Duas vezes adormecido
eu o sei,
mil vezes, uma eternidade,
esperando despertar...
Fiz com que me incomodasse
o suave clarão da Lua
& o som do movimento da Estrela,
leve, que baila longe
para fazer-me reparar
todo meu bem & meu mal
ou antes, você & eu...
Tudo isso,
solidão adentro
do tempo cindido
pela noite & mais noite ainda
que já eram dia...
& então redespertar,
sem nada nas mãos,
para voltar a compor
meus versos de amor por você...
Tem que tornar
a própria madrugada
menos pesada,
& trazer tudo para manhã
mais uma vez...
Eu sou a Aurora
& a mais Escura Hora
de mãos dadas...
Eu sei! E você?
eu o sei
pelas vezes que despertei...
Vi a Lua
à Oeste
& o mínimo clarão da Estrela
que com ela ia...
Na madrugada
não procurava nada
& encontrei tudo...
Vi no Céu,
que não era seu,
a certeira divisão do espaço
de onde era dia raiando
& onde ainda
era noite profunda...
& lá onde era mais escuro
via a Lua & a Estrela
que dançava com ela...
Duas vezes adormecido
eu o sei,
mil vezes, uma eternidade,
esperando despertar...
Fiz com que me incomodasse
o suave clarão da Lua
& o som do movimento da Estrela,
leve, que baila longe
para fazer-me reparar
todo meu bem & meu mal
ou antes, você & eu...
Tudo isso,
solidão adentro
do tempo cindido
pela noite & mais noite ainda
que já eram dia...
& então redespertar,
sem nada nas mãos,
para voltar a compor
meus versos de amor por você...
Tem que tornar
a própria madrugada
menos pesada,
& trazer tudo para manhã
mais uma vez...
Eu sou a Aurora
& a mais Escura Hora
de mãos dadas...
Eu sei! E você?
19 de jun. de 2018
Ânsia
Ânsia
palavra com plural no meio,
Ao que do grego eu soletrasse
esse sentimento que me enche de anseio,
Digo o motivo desse empasse
-α ν α (Alfa Ni Alfa)
& a serpente que anseia
ali se infiltrar,
Completa o inaudito
de um todo 'só letrar'
Para sorver em gotas
tanta essência & veneno
por palavras rotas:
Teu nome!
palavra com plural no meio,
Ao que do grego eu soletrasse
esse sentimento que me enche de anseio,
Digo o motivo desse empasse
-α ν α (Alfa Ni Alfa)
& a serpente que anseia
ali se infiltrar,
Completa o inaudito
de um todo 'só letrar'
Para sorver em gotas
tanta essência & veneno
por palavras rotas:
Teu nome!
18 de jun. de 2018
Despedida/Saudação
Me procura no mundo real
(Me encontra lá)
pra falar de amor, amizade
poesia, filosofia...
Me procura no mundo real
(Te encontro lá)
pra saber a cor da sua voz,
o sabor da sua presença...
Me procura no mundo real
(Te vejo por aqui)
pra realmente criarmos laços,
afinidades, & depois saudade...
Me procura no mundo real
(Estarei por ali)
onde se pode olhar nos olhos
& depois se reencontrar...
Porque daqui
já estou partindo...
Assim faço
da despedida saudação!
(Me encontra lá)
pra falar de amor, amizade
poesia, filosofia...
Me procura no mundo real
(Te encontro lá)
pra saber a cor da sua voz,
o sabor da sua presença...
Me procura no mundo real
(Te vejo por aqui)
pra realmente criarmos laços,
afinidades, & depois saudade...
Me procura no mundo real
(Estarei por ali)
onde se pode olhar nos olhos
& depois se reencontrar...
Porque daqui
já estou partindo...
Assim faço
da despedida saudação!
7 de jun. de 2018
Amαr a Aurorα
Acordar cedo
para dar o devido valor
à madrugada,
& aprender a amar a aurora...
No alvoroço da alvorada
distinguir o que é serenidade
& o que é a calma
antes da tempestade...
Na mente ainda
os silêncios profundos do sono
& os ruídos distantes das máquinas
que não dormem
Tudo abaixo da algazarra das aves...
É preciso despertar à força
com o gongo do compromisso
consigo mesmo tocando
& levantar do leito lento
como se marcha para conquistar
o céu de assalto...
& destronar do corpo em um bocejo
as toneladas de sucubus
de cima de si
& crer, com a certeza
maior que qualquer fé:
O sol já vai raiar!
para dar o devido valor
à madrugada,
& aprender a amar a aurora...
No alvoroço da alvorada
distinguir o que é serenidade
& o que é a calma
antes da tempestade...
Na mente ainda
os silêncios profundos do sono
& os ruídos distantes das máquinas
que não dormem
Tudo abaixo da algazarra das aves...
É preciso despertar à força
com o gongo do compromisso
consigo mesmo tocando
& levantar do leito lento
como se marcha para conquistar
o céu de assalto...
& destronar do corpo em um bocejo
as toneladas de sucubus
de cima de si
& crer, com a certeza
maior que qualquer fé:
O sol já vai raiar!
3 de jun. de 2018
Ferir
Sabes!
& se não, entenda logo,
-Te quero com maldade!
Não há outro tipo de querer:
Ferir é
a mais profunda forma de possuir!
Machucar
é a cor vermelha
na paisagem das paixões!
& se não, entenda logo,
-Te quero com maldade!
Não há outro tipo de querer:
Ferir é
a mais profunda forma de possuir!
Machucar
é a cor vermelha
na paisagem das paixões!
27 de mai. de 2018
#concr&tist@
Amanheci assim
Como se um domingo
caísse em cima de mim =
Meio augusto, meio haroldo
Num campo concretista...
Nem folha de papel
Nem garrafa de vidro
Mas bits em cristal líquido!
Domingo que segue
dormi & acordei
entre o @ e o #.
.......................:.....................
C
O
J A R D I M
P
O
Hoje sem cor por
que
o inverno começou...
Tragam as flores de plástico
Sorvam dos corpos seu lastro
de c a l o r
o
r
Não tem flor, só ficou espin...
Como se um domingo
caísse em cima de mim =
Meio augusto, meio haroldo
Num campo concretista...
Nem folha de papel
Nem garrafa de vidro
Mas bits em cristal líquido!
Domingo que segue
dormi & acordei
entre o @ e o #.
.......................:.....................
C
O
J A R D I M
P
O
Hoje sem cor por
que
o inverno começou...
Tragam as flores de plástico
Sorvam dos corpos seu lastro
de c a l o r
o
r
Não tem flor, só ficou espin...
26 de mai. de 2018
22 de mai. de 2018
Você no Azul
Impossível! Sempre assim...
Quando se enche o copo da esperança
seca-se oceanos de promessas
transformadas em tristeza...
Não sei que lei da natureza é essa
que vem repousar, sobre o movimento
do coração que pulsa,
ordens de exílios...
Traça-se distâncias
& não se permite encontros
no tempo, espaço & éter
mas faz sonhar...
& as coincidências que nos envolvem
são apenas para fazer notar
detalhes de tristeza
em frios registros espalhados por aí...
Um olhar vago
um azul sem sombras
falam do vazio
do único laço que nos envolve...
É o grito calado
das bocas fechadas
com sede recíproca
da insaciedade...
& de resto, essa cidade trincada ao meio
de um lado eu, do outro você
& a fissura entre o irreal & o seu contato
separando o céu do azul!
Quando se enche o copo da esperança
seca-se oceanos de promessas
transformadas em tristeza...
Não sei que lei da natureza é essa
que vem repousar, sobre o movimento
do coração que pulsa,
ordens de exílios...
Traça-se distâncias
& não se permite encontros
no tempo, espaço & éter
mas faz sonhar...
& as coincidências que nos envolvem
são apenas para fazer notar
detalhes de tristeza
em frios registros espalhados por aí...
Um olhar vago
um azul sem sombras
falam do vazio
do único laço que nos envolve...
É o grito calado
das bocas fechadas
com sede recíproca
da insaciedade...
& de resto, essa cidade trincada ao meio
de um lado eu, do outro você
& a fissura entre o irreal & o seu contato
separando o céu do azul!
12 de mai. de 2018
Corpo de Baile
Sou um prisioneiro,
aprendendo a dançar...
As grades & os muros
não impedem o movimento...
É o vazio aqui dentro
que me convida,
com volúpia, a percorrê-lo!
É a solidão,
companheira feroz de cela,
que impulsiona meu corpo!
É o silêncio,
que vem de você,
a música que me embala!
aprendendo a dançar...
As grades & os muros
não impedem o movimento...
É o vazio aqui dentro
que me convida,
com volúpia, a percorrê-lo!
É a solidão,
companheira feroz de cela,
que impulsiona meu corpo!
É o silêncio,
que vem de você,
a música que me embala!
9 de mai. de 2018
Albergue-Museu-Açougue
A atmosfera vibra
com um sorriso lascivo
disfarçado de britadeira
& dá ao ambiente irreverência,
Uma mãe exuberante
cheira caracóis plantados na calçada
falos visgos que a filha
não pode conceber,
Por aí passa & desfila
uma gestante travesti
divinizada pelo santo espírito
que a concebeu impossível,
Duvidosas beldades excitantes
são expelidas da boca do formigueiro
obesas nulas idosas
encantam à distância
na forma que seduz a carência,
Ainda é só & já
o meio-dia possesso
pelo ardor frio da manhã
que trinca a pele libido sob o sol sub-rosa,
& por falar em vísceras
ninguém falou
fica tudo no subentendido tédio
da inclemência dos corpos
que migram por um pouco de saúde,
Tudo tende a enganar
que para-além do entrevisto
fica o não proposto desmascarado,
Alberga-se multidões de sentidos
no quase nada imediato da pobreza
da lida vida que se revela
para além da morte dada.
com um sorriso lascivo
disfarçado de britadeira
& dá ao ambiente irreverência,
Uma mãe exuberante
cheira caracóis plantados na calçada
falos visgos que a filha
não pode conceber,
Por aí passa & desfila
uma gestante travesti
divinizada pelo santo espírito
que a concebeu impossível,
Duvidosas beldades excitantes
são expelidas da boca do formigueiro
obesas nulas idosas
encantam à distância
na forma que seduz a carência,
Ainda é só & já
o meio-dia possesso
pelo ardor frio da manhã
que trinca a pele libido sob o sol sub-rosa,
& por falar em vísceras
ninguém falou
fica tudo no subentendido tédio
da inclemência dos corpos
que migram por um pouco de saúde,
Tudo tende a enganar
que para-além do entrevisto
fica o não proposto desmascarado,
Alberga-se multidões de sentidos
no quase nada imediato da pobreza
da lida vida que se revela
para além da morte dada.
7 de mai. de 2018
Acerca do Dia do Silêncio
Quem descobriu o segredo do universo? O segredo da nação? Da família, do quarteirão, de si mesmo?
Porque eu não sei de nada e é como se eu precisasse disso toda vida, e não preciso!
É a pressão, o tédio, a porraloquice alheia, o sucesso e o fracasso em cada 'im-post-or' disso tudo!
E de repente vemos pairando em todo lugar uma necessidade incrível de algo novo! Mas na verdade não é algo novo, é algo antigo, e que há muito não temos ou nunca tivemos, talvez se chame Silêncio, Sossego, Simplicidade... eu gosto de chamar Serenidade!
Mas o fato é: não precisamos buscar, conquistar, receber a graça, etc., é algo Natural, e como andamos tão artificiais, porque o artifício se tornou a melhor armadura contra este tipo de mundo onde nos inserimos com um clic depois de não lermos os Termos Legais da "vida", achamos que esse artifício faz parte das regras! Não faz!
Sejamos sinceros, sejamos autênticos, sejamos naturais!
Não estou dizendo pra você mudar, ser como eu acho que deve ser, blábláblá mimimi... Não!
Só estou dizendo que EU não sou tanto o que aparento, e procuro descanso desse Não-Ser! Porque não-ser cansa mais do que ser, e o que eu vejo por aqui, na janela do mundo, é muita exaustão... Cansados de todas as formas, com suas insistências, indiretas, murros em ponta de faca, tesões não saciados, redundâncias, contradições, etc.
Então, de minha parte, parto para o descanso... Deixo as imagens falarem... E o céu se ganha de assalto!
Porque eu não sei de nada e é como se eu precisasse disso toda vida, e não preciso!
É a pressão, o tédio, a porraloquice alheia, o sucesso e o fracasso em cada 'im-post-or' disso tudo!
E de repente vemos pairando em todo lugar uma necessidade incrível de algo novo! Mas na verdade não é algo novo, é algo antigo, e que há muito não temos ou nunca tivemos, talvez se chame Silêncio, Sossego, Simplicidade... eu gosto de chamar Serenidade!
Mas o fato é: não precisamos buscar, conquistar, receber a graça, etc., é algo Natural, e como andamos tão artificiais, porque o artifício se tornou a melhor armadura contra este tipo de mundo onde nos inserimos com um clic depois de não lermos os Termos Legais da "vida", achamos que esse artifício faz parte das regras! Não faz!
Sejamos sinceros, sejamos autênticos, sejamos naturais!
Não estou dizendo pra você mudar, ser como eu acho que deve ser, blábláblá mimimi... Não!
Só estou dizendo que EU não sou tanto o que aparento, e procuro descanso desse Não-Ser! Porque não-ser cansa mais do que ser, e o que eu vejo por aqui, na janela do mundo, é muita exaustão... Cansados de todas as formas, com suas insistências, indiretas, murros em ponta de faca, tesões não saciados, redundâncias, contradições, etc.
Então, de minha parte, parto para o descanso... Deixo as imagens falarem... E o céu se ganha de assalto!
6 de mai. de 2018
Δ
Os dias de niilismo
não me levam à opções,
Não há fim do túnel
nem sequer luz,
É a engenharia dos sonhos
refundando desejos
que não passam de soterologia;
No escuro que chega mais cedo,
Nos caminhos sem saída,
No desespero das madrugadas,
se eu calar & não temer
ouço a flauta de Δionisio...
É uma forma de pensar
sem o pesar que todos&tudo me contagiam;
Na dobra do tempo & espaço
que chamam consciência
&u sinto o êxtase
de criar
contra toda essa escuridão!
[&mτ]
não me levam à opções,
Não há fim do túnel
nem sequer luz,
É a engenharia dos sonhos
refundando desejos
que não passam de soterologia;
No escuro que chega mais cedo,
Nos caminhos sem saída,
No desespero das madrugadas,
se eu calar & não temer
ouço a flauta de Δionisio...
É uma forma de pensar
sem o pesar que todos&tudo me contagiam;
Na dobra do tempo & espaço
que chamam consciência
&u sinto o êxtase
de criar
contra toda essa escuridão!
[&mτ]
29 de abr. de 2018
desεsperαs
nem tanto o corpo,
mas o pensamento,
o ponho longe daqui
para me livrar de um
ou dois vícios
centenas enfim...
então a senda, caminhos a se perder,
todos trilhas mal traçadas
que me queimam
&levam até você...
perto... longe daqui...
lá onde o pensamento esvai-se
é onde está o prazer... & o doer...
tento não tentar nada,
como mantra que mente
& repete na insanidade
isso tudo que não acaba
desejar... desejar... desejar-te...
nem tanto o corpo
mas o cessar querer
pela consumação do ter!
mas o pensamento,
o ponho longe daqui
para me livrar de um
ou dois vícios
centenas enfim...
então a senda, caminhos a se perder,
todos trilhas mal traçadas
que me queimam
&levam até você...
perto... longe daqui...
lá onde o pensamento esvai-se
é onde está o prazer... & o doer...
tento não tentar nada,
como mantra que mente
& repete na insanidade
isso tudo que não acaba
desejar... desejar... desejar-te...
nem tanto o corpo
mas o cessar querer
pela consumação do ter!
24 de abr. de 2018
Ave Sonho
Um sonho leve acontece...
Respiramos aliviados:
O peso da vida permanece
Que nos arraste asas alheias
Até compreendermos
Como é bom ser independente
Para voar...
Respiramos aliviados:
O peso da vida permanece
Que nos arraste asas alheias
Até compreendermos
Como é bom ser independente
Para voar...
11 de abr. de 2018
Novos Dias
Vê
aquela estrela distante,
quase nada de luz
dentro da escuridão?
Em torno dela também é dia,
se aproxime para ver
ela irradiando delicado âmbar
nos céus de mundos
em torno de si...
Há quem tem a capacidade
de ver esses novos dias
nem tão distantes
com o olho da imaginação!
aquela estrela distante,
quase nada de luz
dentro da escuridão?
Em torno dela também é dia,
se aproxime para ver
ela irradiando delicado âmbar
nos céus de mundos
em torno de si...
Há quem tem a capacidade
de ver esses novos dias
nem tão distantes
com o olho da imaginação!
30 de mar. de 2018
Banalidades Essenciais
[Notas de uma manhã calma para os dias seguintes...]
Não descuide de estar sempre
escutando música
& lendo um livro...
Esteja sempre zelando
de tua arte
do teu lar
das coisas em alta estima...
É sadio estarmos com saudade
de certos lugares,
de certa pessoa...
É o que nos faz voltar
É o que nos faz procurá-la...
Não há nada errado em trabalhar
& ganhar dinheiro honesto
É isso que afasta escuridão material
& nos livra das teorias de má-fé
intelectuais & espirituais...
Discipline a mente
a estar sempre imaginando aventuras possíveis,
& abra espaço para um livro imaginário
fonte de suas frases mais belas...
Somos um tanto de coisas banais
misturadas de jóias secretas & raras
Somos únicos & multidão
Estrela entre constelações de estrelas
Tão banais & essenciais...
Um & muitos
Compartilhamos do Tempo
Mas o Espaço que ocupamos
é só nosso...
Seja coveir@ de indiferença
& jardineir@ de Amor
Do ódio seja inimigo
pois ele é as tuas doenças
& a face real abaixo das máscaras
da verdade & da razão...
Para as coisas que te tiram a paz
lembre-se de usá-las para o prazer,
& para as que te elevam
faça delas sua fé particular!
Não descuide de estar sempre
escutando música
& lendo um livro...
Esteja sempre zelando
de tua arte
do teu lar
das coisas em alta estima...
É sadio estarmos com saudade
de certos lugares,
de certa pessoa...
É o que nos faz voltar
É o que nos faz procurá-la...
Não há nada errado em trabalhar
& ganhar dinheiro honesto
É isso que afasta escuridão material
& nos livra das teorias de má-fé
intelectuais & espirituais...
Discipline a mente
a estar sempre imaginando aventuras possíveis,
& abra espaço para um livro imaginário
fonte de suas frases mais belas...
Somos um tanto de coisas banais
misturadas de jóias secretas & raras
Somos únicos & multidão
Estrela entre constelações de estrelas
Tão banais & essenciais...
Um & muitos
Compartilhamos do Tempo
Mas o Espaço que ocupamos
é só nosso...
Seja coveir@ de indiferença
& jardineir@ de Amor
Do ódio seja inimigo
pois ele é as tuas doenças
& a face real abaixo das máscaras
da verdade & da razão...
Para as coisas que te tiram a paz
lembre-se de usá-las para o prazer,
& para as que te elevam
faça delas sua fé particular!
25 de mar. de 2018
Crise dos Limites
Tudo está disponível
acessível & liberado
Mas o cérebro é um filtro redutor
A cultura uma sistema de amestrar
& o tempo o senhor das urgências...
Tudo está disponível
ao alcance das mãos
As portas do céu abertas
Todos pecados perdoados
mas achamos que não podemos...
Tudo está disponível
todas as máscaras caíram
Nunca houve tanta verdade nua
Os lados bem definidos
mas achamos que isso não é evoluir...
Os limites se transformam em crise
As crises reinventam o humano
& o humano é
a abertura do aberto
Sempre...
Tudo está disponível
Lá fora!
acessível & liberado
Mas o cérebro é um filtro redutor
A cultura uma sistema de amestrar
& o tempo o senhor das urgências...
Tudo está disponível
ao alcance das mãos
As portas do céu abertas
Todos pecados perdoados
mas achamos que não podemos...
Tudo está disponível
todas as máscaras caíram
Nunca houve tanta verdade nua
Os lados bem definidos
mas achamos que isso não é evoluir...
Os limites se transformam em crise
As crises reinventam o humano
& o humano é
a abertura do aberto
Sempre...
Tudo está disponível
Lá fora!
19 de mar. de 2018
Pós-Opinião
Tempos de hiperbólicos sentimentos
mataram a Liberdade de Expressão
Conjugamos novos verbos
como ervas em combustão
Esse senso pós-moderno
de máximas & evidências
Nos leva ao imutável da burrice
agora parece obrigação o desfile de opinião
Só há Escravidão de Expressão!
mataram a Liberdade de Expressão
Conjugamos novos verbos
como ervas em combustão
Esse senso pós-moderno
de máximas & evidências
Nos leva ao imutável da burrice
agora parece obrigação o desfile de opinião
Só há Escravidão de Expressão!
18 de mar. de 2018
Vida
A luz
não diminui de tanto olhar,
Sentir
não desgasta a alma;
Diferente da palavra que se repete
até perder o sentido,
Ou encarar a face no espelho
até ver um estranho;
Longe da palavra,
Além do espelho,
Viver é uma imensidão
que só a luz & o sentir alcançam...
não diminui de tanto olhar,
Sentir
não desgasta a alma;
Diferente da palavra que se repete
até perder o sentido,
Ou encarar a face no espelho
até ver um estranho;
Longe da palavra,
Além do espelho,
Viver é uma imensidão
que só a luz & o sentir alcançam...
17 de mar. de 2018
Ainda...
Tempestade ao longe,
aproxima pelo canto do olho
que irriga com uma lágrima,
a esperança que um dia aventou
nos sinais de fúria & poesia
que sucumbiram junto ao dia;
Naquela tarde escura,
pairava depois do trovão
o sussurro que não mentia,
mas era avesso às lamentações;
Quando tudo se perder,
como o casco da nau que tripulas,
ainda podes acreditar em ti,
para além da comoção das multidões
que naufragam entre enchentes de injustiça;
& o afogamento dos heróis,
sempre servidos mortos,
na ressaca que devolve à praia
a coragem que sempre se refaz
aos pés da opressão que desconhece que o que se verga ali
é a imortalidade do Espírito...
Quanto mais morto
o dom da rebeldia há de viver
& reinventar a si
como a própria tempestade, ainda,
ao longe mesmo;
& os olhos que choram
fazem-na presente
aqui!
aproxima pelo canto do olho
que irriga com uma lágrima,
a esperança que um dia aventou
nos sinais de fúria & poesia
que sucumbiram junto ao dia;
Naquela tarde escura,
pairava depois do trovão
o sussurro que não mentia,
mas era avesso às lamentações;
Quando tudo se perder,
como o casco da nau que tripulas,
ainda podes acreditar em ti,
para além da comoção das multidões
que naufragam entre enchentes de injustiça;
& o afogamento dos heróis,
sempre servidos mortos,
na ressaca que devolve à praia
a coragem que sempre se refaz
aos pés da opressão que desconhece que o que se verga ali
é a imortalidade do Espírito...
Quanto mais morto
o dom da rebeldia há de viver
& reinventar a si
como a própria tempestade, ainda,
ao longe mesmo;
& os olhos que choram
fazem-na presente
aqui!
13 de mar. de 2018
Primeiro & Último Texto da Fogueira
No fogo do meio das pernas
ela ferveu o duplo prazer que te fez
& no fogo do fogão
cozinhou a matéria que te fortaleceu
Sob o fogo do sol
plantou a cura em um canto do reino
& quando tua fome de leite passou
costurou couro para ti
para que no fogo da forja fizesse armas para lutar
Do fogo nasceu, o fogo te protegeu
no fogo fortaleceu, o fogo te iluminou
O fogo amou, o fogo sempre buscaste
& ainda chamas o fogo de Mulher
só porque da fogueira você esqueceu...
& no fogo do fogão
cozinhou a matéria que te fortaleceu
Sob o fogo do sol
plantou a cura em um canto do reino
& quando tua fome de leite passou
costurou couro para ti
para que no fogo da forja fizesse armas para lutar
Do fogo nasceu, o fogo te protegeu
no fogo fortaleceu, o fogo te iluminou
O fogo amou, o fogo sempre buscaste
& ainda chamas o fogo de Mulher
só porque da fogueira você esqueceu...
fissura no real
['rachar' - palavra de etmologia obscura
'fissura' - de fissus
físsil \/ fácil]
'fissura' - de fissus
físsil \/ fácil]
...pois a tua luz perambula facilmente
pelas minhas obscuridades...
pelas minhas obscuridades...
eis o que se abre,
um segredo: tudo é fácil
pela fissura, entra & sai
a luz...
um segredo: tudo é fácil
pela fissura, entra & sai
a luz...
rachas do real
fissura que urra
sem compromisso
de se tender
ao final omisso
fissura que urra
sem compromisso
de se tender
ao final omisso
poemas como rachaduras
trincas que destravam
urdiduras arcaicas
como mordidas dispensadas
nas páginas de seus membros
que cedem aqui & ali,
magros, frescos, carnais
que acolhe toda dor como tatuagem,
santificando-as no corpo
como meu toque que te alcança
pelo olhar
& cravo assim esse encadeamento de palavras
rumo à sua ex-insistência
trincas que destravam
urdiduras arcaicas
como mordidas dispensadas
nas páginas de seus membros
que cedem aqui & ali,
magros, frescos, carnais
que acolhe toda dor como tatuagem,
santificando-as no corpo
como meu toque que te alcança
pelo olhar
& cravo assim esse encadeamento de palavras
rumo à sua ex-insistência
quero-me nefasto
pois só assim afasto
o dever de ser
conforme a ordem natural das coisas
pois só assim afasto
o dever de ser
conforme a ordem natural das coisas
tu que adivinhe logo,
pois já faz uma eternidade,
pelo caule que meço o tempo,
que você já devia estar aqui,
na sala de tortura & gozo
ao alcance de minhas mãos
& boca, & espírito...
que te amam, te querem
demais
pois já faz uma eternidade,
pelo caule que meço o tempo,
que você já devia estar aqui,
na sala de tortura & gozo
ao alcance de minhas mãos
& boca, & espírito...
que te amam, te querem
demais
assim... no arcaico
escondo sofisticação
de um incomodo
por falta de palavra melhor que amor
digo fissura \/ obsessão
a rocha rachada no caminho...
escondo sofisticação
de um incomodo
por falta de palavra melhor que amor
digo fissura \/ obsessão
a rocha rachada no caminho...
onde você me tocou
& o meu coração explodiu
abriu uma fenda no tecido da realidade
fissão constante
no céu do meu mundo que acabou
dali agora pulsa
paradoxos & obsessões
incoerências
para inundar o ar de prejuízos
& fazer voar minhas tomadas de juízo
& o meu coração explodiu
abriu uma fenda no tecido da realidade
fissão constante
no céu do meu mundo que acabou
dali agora pulsa
paradoxos & obsessões
incoerências
para inundar o ar de prejuízos
& fazer voar minhas tomadas de juízo
rachas
trincas
fissuras
aberturas do aberto
fraturas
fúrias
todo homem que ama
assume a responsabilidade por um abismo...
trincas
fissuras
aberturas do aberto
fraturas
fúrias
todo homem que ama
assume a responsabilidade por um abismo...
sou só um afogado
no canal aberto do mundo
que inunda de querer
atrai imergindo
daqui pra lá & de lá pra cá
no canal aberto do mundo
que inunda de querer
atrai imergindo
daqui pra lá & de lá pra cá
fenda
ofenda
oferenda
ofensa
confessa
renda-se...
ofenda
oferenda
ofensa
confessa
renda-se...
tecido
que tens sido
ofendido
investido
apela à sede
de ser
tencionada
ao limite
...sedição
...sedação
...sedução
que tens sido
ofendido
investido
apela à sede
de ser
tencionada
ao limite
...sedição
...sedação
...sedução
nossa moralidade de criança
onde o juízo alcança
o prejuízo da ânsia
fratura que faz irmãos
distantes
nessa fartura de te ver & ouvir
& tocar
que não sacia
onde o juízo alcança
o prejuízo da ânsia
fratura que faz irmãos
distantes
nessa fartura de te ver & ouvir
& tocar
que não sacia
é duro o ato
de se desnudar aqui
ejacular um pouco de si
em público
onde se vê
mas não imagina
a altura da defenestração
de se desnudar aqui
ejacular um pouco de si
em público
onde se vê
mas não imagina
a altura da defenestração
urdir
ardor
rachaduras
ardor
rachaduras
puro duro ato
de se aturar
..........desnudar
...........se
em palavras
em um sentido
um rumo que não consola
que não se acha
não serve para
nada
de se aturar
..........desnudar
...........se
em palavras
em um sentido
um rumo que não consola
que não se acha
não serve para
nada
o que é
tornar-se
o que é
se tu és
aquilo...
tornar-se
o que é
se tu és
aquilo...
nessa taoística das fissuras
casuística aleatoriedade
fulguras figuras de linguagem
furta na junta entre yin & yang
a linha da navalha
onde se equilibra
a falha que é o gozo
& seus rascunhos de ultimatos
ao nada
casuística aleatoriedade
fulguras figuras de linguagem
furta na junta entre yin & yang
a linha da navalha
onde se equilibra
a falha que é o gozo
& seus rascunhos de ultimatos
ao nada
pedra racha
madeira racha
paredes trincam
a terra trinca
o som destoa
as pessoas mudam
estranho viver
impedem a seqüência
no impessoal
de continuarmos órbitas de uns & outros
nas encruzilhadas nos abandonamos
& seguimos sozinhos, mas em outras companhias
madeira racha
paredes trincam
a terra trinca
o som destoa
as pessoas mudam
estranho viver
impedem a seqüência
no impessoal
de continuarmos órbitas de uns & outros
nas encruzilhadas nos abandonamos
& seguimos sozinhos, mas em outras companhias
& se eu dissesse
que hoje é dia de fissura
você dançaria?
me daria esse prazer?
sorriria da aurora ao ocaso?
notaria que eu existo?
-estou aqui por um 'sim' seu!
uma 👍!
que hoje é dia de fissura
você dançaria?
me daria esse prazer?
sorriria da aurora ao ocaso?
notaria que eu existo?
-estou aqui por um 'sim' seu!
uma 👍!
então
racha meu refrão
que não te chamo mais
pelo teu tão pouco
& subliminar nome de labirintos
rara
de beleza verde viril desde o olhar
fissura
de teu jardim & pomar
& fonte fome
de minhas aflições
trinca meu ser
mas só quero te ver feliz...
racha meu refrão
que não te chamo mais
pelo teu tão pouco
& subliminar nome de labirintos
rara
de beleza verde viril desde o olhar
fissura
de teu jardim & pomar
& fonte fome
de minhas aflições
trinca meu ser
mas só quero te ver feliz...
do começo
ao
fim**.
ao
fim**.
*pós-citação:
"Quebra, quebra, quebra
Nos pés de tuas pedras, oh! mar!
& eu pronunciaria
Os pensamentos que nascem em mim!"
(Frater Perdurabo)
"Quebra, quebra, quebra
Nos pés de tuas pedras, oh! mar!
& eu pronunciaria
Os pensamentos que nascem em mim!"
(Frater Perdurabo)
**pós-fissuras:
(pois o real só se completa
quando eu o abarco
ingiro, inverto
& o emano de dentro de mim)
(pois o real só se completa
quando eu o abarco
ingiro, inverto
& o emano de dentro de mim)
-por isso você não é só você
mas o que eu fiz de você
em mim-
mas o que eu fiz de você
em mim-
{ a saber: Nada É = Algo É }
...r-achou...
22 de fev. de 2018
Geração Agnoia
Gerações para as quais
não precisa se explicar nada
Porque não querem saber
Porque não entenderão
Estamos no limite da sabedoria
ela já não gera sábios mais
Porque o mundo não quer
Porque o mundo não precisa
Imagens com função de dar prazer
& frases expressando o máximo do mínimo
Porque já não sabemos ver
Porque não queremos ler
não precisa se explicar nada
Porque não querem saber
Porque não entenderão
Estamos no limite da sabedoria
ela já não gera sábios mais
Porque o mundo não quer
Porque o mundo não precisa
Imagens com função de dar prazer
& frases expressando o máximo do mínimo
Porque já não sabemos ver
Porque não queremos ler
21 de fev. de 2018
P-Machin&
Instalação Astral]
em exponencial funcionamento
moto perpétuo
lubrificado por ruídos inferentes
& fragmentos de visão
Esferas dançantes
em órbitas pluriconexas
produtos espermáticos escorrem
caldos potenciais
são numes liqüefeitos de sonhos
& sanhas
solirrarificados
Etéreos dizeres
A anti-
máquina de poematizar
expande & recolhe
sensos-sonhos
engendrante copulares se encaixam
& espargem
Lavra Palavras Avras Naves
palo-aves
de perfuração oposta
das procissões de letras que se mordem
Tudo é uma cópula perfeita
do engenho encantado
Gozo é o que pró-duz/diz
emana
êxtase
emendando seqüenciais
desabamentos de orgasmos
A antes-máquina se protege
da utilidade
amassa & arrasa
o valor & a safra
Produz ácido de críticas
Pelo canal macio da carne
desde o suco elétrico
herege da consciência
Flui
sua praxi-proxi-produx
escorre do, & pelo, & para, o fulcro
desterritorializado de órgãos
Emana-se assim Poiésis & Mitos
vômitos arqui-digestivos
da P-Machiné abutre
em sua parte aparte
o X espalha
acoplado ao sistema analógico
da Poesia...
A atmosfera abala
& faz silêncio para escutar!
em exponencial funcionamento
moto perpétuo
lubrificado por ruídos inferentes
& fragmentos de visão
Esferas dançantes
em órbitas pluriconexas
produtos espermáticos escorrem
caldos potenciais
são numes liqüefeitos de sonhos
& sanhas
solirrarificados
Etéreos dizeres
A anti-
máquina de poematizar
expande & recolhe
sensos-sonhos
engendrante copulares se encaixam
& espargem
Lavra Palavras Avras Naves
palo-aves
de perfuração oposta
das procissões de letras que se mordem
Tudo é uma cópula perfeita
do engenho encantado
Gozo é o que pró-duz/diz
emana
êxtase
emendando seqüenciais
desabamentos de orgasmos
A antes-máquina se protege
da utilidade
amassa & arrasa
o valor & a safra
Produz ácido de críticas
Pelo canal macio da carne
desde o suco elétrico
herege da consciência
Flui
sua praxi-proxi-produx
escorre do, & pelo, & para, o fulcro
desterritorializado de órgãos
Emana-se assim Poiésis & Mitos
vômitos arqui-digestivos
da P-Machiné abutre
em sua parte aparte
o X espalha
acoplado ao sistema analógico
da Poesia...
A atmosfera abala
& faz silêncio para escutar!
20 de fev. de 2018
Ver em vão
Quase no fim
o Verão irá até o alto
para sacrificar nas enchentes
o Verde
Doar o ver
Doer a vista
Tornar cego
outro ou o tom que torna a chegar
& o Verão será visão
de mais uma estação
que se foi
na repetição
sem render nada!
o Verão irá até o alto
para sacrificar nas enchentes
o Verde
Doar o ver
Doer a vista
Tornar cego
outro ou o tom que torna a chegar
& o Verão será visão
de mais uma estação
que se foi
na repetição
sem render nada!
19 de fev. de 2018
Luminar
Movi...
...Mente...
...Luz.........
Mais do que movimento
Sensação
Velocidade constante
Cessação
Nosso objetivo é saltar
na velocidade da luz...
Iluminar-se é tornar-se
o ser mais rápido do universo...
Primeiro & último
movimento único...
Única forma de ultrapassar
os muros da prisão...
Viajante & estrangeira
constante!
18 de fev. de 2018
Divindade
Te devorando na insanidade
Te comendo no sublime
Te estraçalhando na graça
Edificando na podridão
Alcançamos assim a perfeição
Repousamos no nada
Lapsos de tempo no coito
Amanhecendo felizes
Sem dar satisfação a ninguém
só a nós mesmos
na solidão que nos compete...
Fazer do amor uma revolta
& da paixão um holocausto
Exterminando noções inúteis
do que somos & poderemos ser
No encontro só nos remetemos
ao que sempre fomos
deuses rumo à cinzas
& de volta à divindade!
Te comendo no sublime
Te estraçalhando na graça
Edificando na podridão
Alcançamos assim a perfeição
Repousamos no nada
Lapsos de tempo no coito
Amanhecendo felizes
Sem dar satisfação a ninguém
só a nós mesmos
na solidão que nos compete...
Fazer do amor uma revolta
& da paixão um holocausto
Exterminando noções inúteis
do que somos & poderemos ser
No encontro só nos remetemos
ao que sempre fomos
deuses rumo à cinzas
& de volta à divindade!
17 de fev. de 2018
O Melhor Poema de Todos os Tempos [Titulo Falso]
Doer doar
amor para quem não sabe amar
Roubar poupar
o tempo de quem não tem espaço
...cresça & apareça
Escrever para quem não sabe ler
nessa presença preguiça
""Eu... eh! Tipo! Não gosto... é de ler!""
{os leões & as ovelhas lado a lado
pastam - o paraíso para
a fome incontrolável natura}
& hoje tem 'life'... Com minha relevância... Para contribuir... Com a formação de opinião...
Crianças insensíveis
Tão cruas como nuas
self-service cínicas delivery 4G
10 anos de idade (mental)
10 anos de soberba
indis-pensáveis
Cantam novas
...ciranda cirandinha
música para banheiros
decoração para elevadores
Cartel de poesia assassina a pátria
{Portuguese lan-guage
In God We Trust
In Dog you Lust
Tongue of angels}
Cresça & apareça cabeça
Deixa de dar
murro em ponta de faca cega
Deixa de murar
(?Será que posso escrever "vou receitar Tarja Preta"?)
besteirol branco
Quer saber?
"Vou ver Cristina!"
(Coisa escrita à propósito de não ser lida)
amor para quem não sabe amar
Roubar poupar
o tempo de quem não tem espaço
...cresça & apareça
Escrever para quem não sabe ler
nessa presença preguiça
""Eu... eh! Tipo! Não gosto... é de ler!""
{os leões & as ovelhas lado a lado
pastam - o paraíso para
a fome incontrolável natura}
& hoje tem 'life'... Com minha relevância... Para contribuir... Com a formação de opinião...
Crianças insensíveis
Tão cruas como nuas
self-service cínicas delivery 4G
10 anos de idade (mental)
10 anos de soberba
indis-pensáveis
Cantam novas
...ciranda cirandinha
música para banheiros
decoração para elevadores
Cartel de poesia assassina a pátria
{Portuguese lan-guage
In God We Trust
In Dog you Lust
Tongue of angels}
Cresça & apareça cabeça
Deixa de dar
murro em ponta de faca cega
Deixa de murar
(?Será que posso escrever "vou receitar Tarja Preta"?)
besteirol branco
Quer saber?
"Vou ver Cristina!"
(Coisa escrita à propósito de não ser lida)
16 de fev. de 2018
Sã
Ah! Doce é ser | Ah! Saude a saúde
... Doer ... Sal de ser
... Adoecer ... Sol de ver
... Ser ...
... não-ser ...
... São ...
... Doer ... Sal de ser
... Adoecer ... Sol de ver
... Ser ...
... não-ser ...
... São ...
15 de fev. de 2018
Outono
Outono paira sobre nós
como anjos castrados que anunciam o velho
& de suas chagas escorrem
caldo azul profundo que em tudo que toca
afoga & afaga
colore de vermelho & branco...
Outono desce manso
& não sei se
o que envelhece as folhas das árvores
é um vento quente ou um fogo frio
que sai de dentro de nós
clamando consumação...
Nas ruas & quintais
frutos inúteis de árvores sombreiras
caem & beijam o chão, o concreto, o asfalto
& sob pés & pneus se tornam vinha
que escorre para o fundo da terra
pelas sarjetas & frestas de raízes...
Decantando, o vinho do Verão que passou,
alcança rios subterrâneos
veias escondidas do sol
que deságuam enfim no inconsciente da Estação
em uma cachoeira de evaporação...
O Outono ainda dormente
alheio a tudo isso
vem caindo, despertando
para o banquete amadurecido
de frutos cozidos & folhas caídas
vinho pesado & fogo interior esmaecido...
É como se despertasse um outro Verão distante
não de fato, mas sonhado
& tudo mais fosse dormir
pairando frio manso & insatisfeito
em rios de sombras escondidos
que deságuam no Inverno
que nasce à sete palmos abaixo no chão...
como anjos castrados que anunciam o velho
& de suas chagas escorrem
caldo azul profundo que em tudo que toca
afoga & afaga
colore de vermelho & branco...
Outono desce manso
& não sei se
o que envelhece as folhas das árvores
é um vento quente ou um fogo frio
que sai de dentro de nós
clamando consumação...
Nas ruas & quintais
frutos inúteis de árvores sombreiras
caem & beijam o chão, o concreto, o asfalto
& sob pés & pneus se tornam vinha
que escorre para o fundo da terra
pelas sarjetas & frestas de raízes...
Decantando, o vinho do Verão que passou,
alcança rios subterrâneos
veias escondidas do sol
que deságuam enfim no inconsciente da Estação
em uma cachoeira de evaporação...
O Outono ainda dormente
alheio a tudo isso
vem caindo, despertando
para o banquete amadurecido
de frutos cozidos & folhas caídas
vinho pesado & fogo interior esmaecido...
É como se despertasse um outro Verão distante
não de fato, mas sonhado
& tudo mais fosse dormir
pairando frio manso & insatisfeito
em rios de sombras escondidos
que deságuam no Inverno
que nasce à sete palmos abaixo no chão...
14 de fev. de 2018
Pró Cura Se
Procura-se:
Alguém com verdades para acrescentar,
Que saiba se esparramar,
Que não controle sua imaginação,
Que exagere nas alegrias,
& tenha a dose certa de tristeza...
Procura-se:
Alguém que saiba o que é perder,
Que saiba o que é conquistar,
Que detenha a arte de se encantar,
Que faça questão de dizer
Mas saiba fazer a gente adivinhar...
Procura-se:
Quem encontrou novos caminhos,
Quem já viveu profundas decepções,
Quem já amou sem ser correspondido,
& nunca cansou de aprender...
Procura-se:
Quem se tornou o que é por escolha própria,
Quem reconciliou o Deus & o Diabo dentro de si,
Que errou mais do que o suficiente,
Quem um dia poupou a própria vida de se extinguir...
Procura-se:
Nada específico, nem cor, credo ou idade,
Que seja chata & saiba agradar,
Que tenha se despido de idéias pesadas,
Que seja leve, livre, louca
& venha para ficar,
diminuir & somar!
Alguém com verdades para acrescentar,
Que saiba se esparramar,
Que não controle sua imaginação,
Que exagere nas alegrias,
& tenha a dose certa de tristeza...
Procura-se:
Alguém que saiba o que é perder,
Que saiba o que é conquistar,
Que detenha a arte de se encantar,
Que faça questão de dizer
Mas saiba fazer a gente adivinhar...
Procura-se:
Quem encontrou novos caminhos,
Quem já viveu profundas decepções,
Quem já amou sem ser correspondido,
& nunca cansou de aprender...
Procura-se:
Quem se tornou o que é por escolha própria,
Quem reconciliou o Deus & o Diabo dentro de si,
Que errou mais do que o suficiente,
Quem um dia poupou a própria vida de se extinguir...
Procura-se:
Nada específico, nem cor, credo ou idade,
Que seja chata & saiba agradar,
Que tenha se despido de idéias pesadas,
Que seja leve, livre, louca
& venha para ficar,
diminuir & somar!
13 de fev. de 2018
εspelho
Vai lá,
Se você não fizer
Alguém faz;
Dobre aquela reta,
Engane aquele gênio;
Alguém já fez,
Enganou uma reta,
Dobrou um gênio;
Vem...
Se você não fizer
Alguém faz;
Dobre aquela reta,
Engane aquele gênio;
Alguém já fez,
Enganou uma reta,
Dobrou um gênio;
Vem...
12 de fev. de 2018
Maçã Anômala
A maçã anômala
... anomalia
... anamalia
... anamania
... anamalícia
Romã do Hades no pensamento
... sou só
... uma mal sã
... fonte
...de pensar em ti...
...de primavera a primavera
verão que ao outono passa
o inverno desse inferno...
Anima de delícias...
... anomalia
... anamalia
... anamania
... anamalícia
Romã do Hades no pensamento
... sou só
... uma mal sã
... fonte
...de pensar em ti...
...de primavera a primavera
verão que ao outono passa
o inverno desse inferno...
Anima de delícias...
11 de fev. de 2018
Abismos
A montanha é alta
Mas o lago é maior...
A montanha rasga o céu
Mas não alcança a lua...
O lago é plano com a superfície
& a lua repousa dentro dele...
O lago é profundo
A montanha aprofunda no céu...
Cada um mira seu abismo
& seus pesos são abismais...
O lago é uma montanha aberta
A montanha é um lago de pedra...
Mergulhe nos dois
Salte de cada um...
Mas o lago é maior...
A montanha rasga o céu
Mas não alcança a lua...
O lago é plano com a superfície
& a lua repousa dentro dele...
O lago é profundo
A montanha aprofunda no céu...
Cada um mira seu abismo
& seus pesos são abismais...
O lago é uma montanha aberta
A montanha é um lago de pedra...
Mergulhe nos dois
Salte de cada um...
10 de fev. de 2018
A tristeza que balança
...& aqueles que foram vistos sambando
foram julgados tolos por quem não ouvia o canção...
"...Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não..."
foram julgados tolos por quem não ouvia o canção...
"...Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não..."
9 de fev. de 2018
d.e.s...c.o.n.t.í...n.u.α
Letras maiúsculas
em começo de frases me atrasam...
...tenho pressa em acordar
os sentidos de te ver & cantar...
...sorver & me expandir
no teu sorriso, pela manhã,
abrindo meus olhos...
...não sou de ponto final,
exagero sempre,
quando não, escrevo ventos,
sou de reticências...
...movimento do ar
sina de ventania & nada mais...
...me espalhar... em você...
...pois existe uma amplidão a se alcançar...
...vou com o vento
do movimento dos seus cílios que piscam
enquanto você fala a frase mais linda que ouvi no dia...
...meus maiúsculos & minúsculos esforços
descendem apenas do espaço
entre os pontos que marcam
um final de novo começo
cada vez que te vejo...
[&mτ]
em começo de frases me atrasam...
...tenho pressa em acordar
os sentidos de te ver & cantar...
...sorver & me expandir
no teu sorriso, pela manhã,
abrindo meus olhos...
...não sou de ponto final,
exagero sempre,
quando não, escrevo ventos,
sou de reticências...
...movimento do ar
sina de ventania & nada mais...
...me espalhar... em você...
...pois existe uma amplidão a se alcançar...
...vou com o vento
do movimento dos seus cílios que piscam
enquanto você fala a frase mais linda que ouvi no dia...
...meus maiúsculos & minúsculos esforços
descendem apenas do espaço
entre os pontos que marcam
um final de novo começo
cada vez que te vejo...
[&mτ]
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