Qual tua finalidade Tempo?
Sei que não é nos matar
& nem sequer doar a vida
as festas, as feridas...
Uns dizem que existe, Tempo
porque nós existimos
Se for assim
tua finalidade coincide comigo...
Das coisas boas que podemos imaginar
um deus no céu do mundo
a paz, a justiça, o belo, o amor...
Tudo o Tempo perpassa
como horizonte de eventos
Assim como eu perpasso vertical
vertendo todos esses elementos...
Então Tempo, nosso segredo familiar
que dividimos na ceia deste altar
Que tu, como eu, não és Caminho
data, senda, repetição
Somos sim, Casa
lar, abrigo, salão...
Aqui, nessa Casa-Tempo
Corpo de Ser
a mesma porta é entrada & saída
Que prende, apreende, aprende
liberta & habita
a Duração
que é extensa nas dores
& curta no prazer
Porque à sós, Tempo ou Eu, idade
insistimos no horizonte ou verticalidade...
Eis que nos tropeços então, torço os ângulos
& te redimo Tempo
enquanto Me refina
Me instalo em Abismos verticais
& assim estendo os prazeres
& encurto as dores
Para fazer com o Tempo-Eu, aqui
um lugar melhor!
Feliz Ano-Lar Novo!
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