8 de jan. de 2018

Pomar das Romãs: Intradução


Pelas  teias  de  Ariana
   o  caminho  secreto  da  obsessão...

Eis  as  Lâminas  Alphadançantes  ao  Canto  do  Bode
   pressagiam  dionisíaco  hipersentimentos  em  trânsfugas...

Instantâneos  de  um  baile  da  Linguagem
   rompante  rumo  ao  ômega  do  dito...

São  feitiços-dizeres  da  força  de  uma  vontade
     que  materializar-se-ão...

&  voa  o  abutre  &  tece  a  aranha
   o  sentido  que  escolheu  escorrer...


aw - Amor... & sua ausência, eis aqui a questão... o interdito, não sabido, ou esquecido!
   O amor é uma teia de aranha que escorre no labirinto das paixões & maldições, labirinto de fogo, labirinto de nada & caos...
   Como falar do amor? Como defender a guerra? Como justificar a ignominia?
    As atrocidades deste sentimento, & pior, de suas cegueiras... Ele que tem tudo a ver com som, pois o amor é uma música, um ruído, um hino, na boca da morte & da vida... Canto de sereia que arrebenta arrebata a almanau...
   Vultur idealizou o amor, o cortejou, mas um amor direcionado a uma única pessoa, seu Alpha & Ômega... Primeiro era nada, depois caos... Primeiro foi paixão, à sexta vista, até descobrir a raridade do que estava explicito... depois se tornou obsessão, profunda obsessão, & sendo algo platônico ele teve que a matar em seus sonhos, para tentar se livrar de uma agonia irreal constante... Porém antes disso ele tentou ordenar o caos...
    Erigiu de pensamentos outros, que ouvira falar, de um tal amor dionisíaco, o amor do inferno então, de Hades por Perséfone, amor do Submundo, da Morada dos Mortos, pois assim é o amor sem o objeto amado em si, aprisionada por vontade própria sob a custódia de seis favos de romã...
   Então idealizou o ‘Amor como Transparência’. A ideia é simples, cada amante é uma placa transparente, que se co-penetram em suas cores diferentes, formando a projeção holográfica do caso, sobrepostos, nada sobre nada, o amor que alcançou a nadificação do êxtase...
    Do Amor, Teogonia e Teoria estão prontos, Mito e Filosofia, aguarda o Vultur agora a Práxis desse amor, a tecedeira do seu labirinto, a aranha primordial que vem do futuro que sonhou para si & para ela...
    Enquanto isso não se concretiza pneumaticamente, o Vultur lança seus feitiços-indigestivos na trilha da reverberância da linguagem que é a comunicação, que senão a mensagem, então a vibração, há de alcançar Ariana, empurrando cada dobra do universo para reformar o passado em que enfim estarão juntos.
     Há de se destruir então o jardim, & invadir o pomar... de Hades, como Perséfone o fez...

   Plenas, as teias que formam toda uma galáxia de sentimentos, palco da saga desse amor, é sagrado na ação de uma mito-poiésis que urdirá desde o inconsciente, uma nova real-idade!



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