Pelas teias
de Ariana
o
caminho secreto da
obsessão...
Eis as
Lâminas Alphadançantes ao
Canto do Bode
pressagiam
dionisíaco hipersentimentos em
trânsfugas...
Instantâneos de
um baile da
Linguagem
rompante
rumo ao ômega
do dito...
São feitiços-dizeres da
força de uma
vontade
que
materializar-se-ão...
& voa
o abutre &
tece a aranha
o
sentido que escolheu
escorrer...
aw
- Amor... & sua ausência, eis aqui a
questão... o interdito, não sabido, ou esquecido!
O amor é uma teia de aranha que escorre no
labirinto das paixões & maldições, labirinto de fogo, labirinto de nada
& caos...
Como falar do amor? Como defender a guerra?
Como justificar a ignominia?
As atrocidades deste sentimento, &
pior, de suas cegueiras... Ele que tem tudo a ver com som, pois o amor é uma
música, um ruído, um hino, na boca da morte & da vida... Canto de sereia
que arrebenta arrebata a almanau...
Vultur idealizou o amor, o cortejou, mas um
amor direcionado a uma única pessoa, seu Alpha & Ômega... Primeiro era
nada, depois caos... Primeiro foi paixão, à sexta vista, até descobrir a
raridade do que estava explicito... depois se tornou obsessão, profunda
obsessão, & sendo algo platônico ele teve que a matar em seus sonhos, para
tentar se livrar de uma agonia irreal constante... Porém antes disso ele tentou
ordenar o caos...
Erigiu de pensamentos outros, que ouvira
falar, de um tal amor dionisíaco, o amor do inferno então, de Hades por
Perséfone, amor do Submundo, da Morada dos Mortos, pois assim é o amor sem o
objeto amado em si, aprisionada por vontade própria sob a custódia de seis
favos de romã...
Então idealizou o ‘Amor como Transparência’.
A ideia é simples, cada amante é uma placa transparente, que se co-penetram em
suas cores diferentes, formando a projeção holográfica do caso, sobrepostos,
nada sobre nada, o amor que alcançou a nadificação do êxtase...
Do Amor, Teogonia e Teoria estão prontos,
Mito e Filosofia, aguarda o Vultur agora a Práxis desse amor, a tecedeira do
seu labirinto, a aranha primordial que vem do futuro que sonhou para si &
para ela...
Enquanto isso não se concretiza
pneumaticamente, o Vultur lança seus feitiços-indigestivos na trilha da
reverberância da linguagem que é a comunicação, que senão a mensagem, então a
vibração, há de alcançar Ariana, empurrando cada dobra do universo para
reformar o passado em que enfim estarão juntos.
Há de se destruir então o jardim, &
invadir o pomar... de Hades, como Perséfone o fez...
Plenas, as teias que formam toda uma galáxia
de sentimentos, palco da saga desse amor, é sagrado na ação de uma mito-poiésis
que urdirá desde o inconsciente, uma nova real-idade!
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