3 de jul. de 2012

Meio-do-Ano


A exaustão em seu máximo
A vontade em seu mínimo
O vento frio anuncia: deixe o mundo morrer...
Pois o entusiasmo também se gasta
   na furna das estações.
Eu sou só um nó de carne
   que espera o tempo acontecer,
Observo silente as manifestações,
   encalhes da grande maquinação civilizatória
       na ânsia de escapar com vida
         de todo esse processo de esfacelamento...
Na verga dos dias
Nesse meio do ano
Clamo ao Deus em Mim
   um pouco mais de força & saúde
      para agüentar todo esse furor
         que em ondas do mar-do-contrário
            vem contra mim.