1 de nov. de 2025

Nov...

 

Assim
   como no fim de cada dia
   cada mês, cada ano
No fim da vida
   vem a voz estranha, que desconhecemos
   mas tão natural, destruidora, salvadora
& nos pergunta
   se queremos ser nada
   ou viver tudo da mesma forma outra vez?

& como fazemos a cada manhã
   quando despertamos
   à cada mês, cada ano, que seguimos
Escolhemos continuar à existir
   como um dia escolhendo
   deixamos de ser nada
Voltar ao que somos
   os mesmos prazeres
   as mesmas dores, todos os desfrutes...

Somos assim, de sempre em sempre
   um velho nada
   que se torna velha novidade!