Assim
como no fim de cada dia
cada mês, cada ano
No fim da vida
vem a voz estranha, que desconhecemos
mas tão natural, destruidora, salvadora
& nos pergunta
se queremos ser nada
ou viver tudo da mesma forma outra vez?
& como fazemos a cada manhã
quando despertamos
à cada mês, cada ano, que seguimos
Escolhemos continuar à existir
como um dia escolhendo
deixamos de ser nada
Voltar ao que somos
os mesmos prazeres
as mesmas dores, todos os desfrutes...
Somos assim, de sempre em sempre
um velho nada
que se torna velha novidade!
