18 de mar. de 2013

.:L:. (Pela última vez ao passado)



Em mais um dia no sonho dessa existência
Eu corri os olhos nos aromas de
lembranças daquela mulher...
Como ela pode vir assim sem anunciar?
& irromper no meu dia sem avisar!
& refazer o meu sonhar
Com a força de simplesmente anunciar o fim de sua ausência
   por
um instante?

Essa minha Rosa,
Minha
cor verde,
Meu doer & meu amar...

Quão longe está
     o gosto de tua boca
     o tom de tua voz
     a forma do seu sorriso
     o calor de sua proximidade
     a sensação de sua calma de mulher
     a
intimidade que nunca ninguém mais me deu,
Quão distantes estão
     essas coisas que são só suas
          que nunca ficaram
longe de mim...

Lembro-me bem,
   no
esquecimento da desesperança
      a luz que você trouxe até mim
         & me arrebatou:
Um dia você chegou
   com seu sorriso & seu cheiro de água fresca
Volvendo os campos de minha inocência
   sem pedir licença, com a indolência de todo amor
& no caminho da floresta de doces
   sacudiu minha alma
      com o vento de sua alegria.

Só ficou de você o
nome,
Nem foto
Nem lembrança material,
Só memória
Em formas
& suores sagrados,
Ficaram músicas
De um disco de capa cinza
   que cobre quatro estações
& que ainda canto
      quando me lembro do tanto que te amei;
Ainda está lá aquela esquina
Curva com a forma do L de teu nome,
Monumento de minha dor
E tudo mais que ficou no teu rastro:
A rua, a casa, o carro
A sala, o salão, o quarto
A saudade que nunca mais
   eu vou sanar...

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