1 de nov. de 2017

VULTUR - Daimon ekstasis

Vultur apresenta um ponto de rompimento artístico, e traz uma nova afirmação do objetivo da poética para os dias de agora. Com textos e poemas dissonantes para com o momento intelectual, expressa uma tentativa de extrapolação por parte do autor, cheios de significações que merecem ser entendidos cada qual como manifesto, da mesma forma dissonante, de uma nova forma de conceber o Artista e a Arte.
    Parto do princípio de poesia não como criação, mas como Emanação, que creio enfim ser o conceito correto para a manifestação artística, não mais arte, mas Emanarte.
    Vultur se refere ao Vulture, o Abuttre, e é dessa ave que retiro toda a simbologia viva para compor a imagem do ar-tista, um elemento alada e carniceiro, pois possui as asas da imaginação que o êxtase proporciona ao corpo, onde ocorre a digestão das substancias que o Vultur ingere para transmutar em obra.
    Emanando essa proposta físico-espiritual de atuação artística na micro-obra “Vultur”, trago um rol de emanações poéticas que refletem o momento de rompimento para com uma noção de arte que me guiou até então, um rompimento que desvela e emenda pontas em toda minha composição até então, redefinindo finalmente tudo que foi criado até então como emanado fisiologicamente tendo em vista o que o futuro apresenta.
    A micro-obra contém além de poemas-reflexões, imagens criadas pela estética enphlexyon, remete às nuances psiconáuticas e gnósticas de outros trabalhos, além de reverberam a mutação neologista de muitos esforços para expandir a palavra para o campo do puro pensamento. Alguns poemas mais recentes postados aqui na Textura do Abismo também compõem a micro-obra ganhando finalmente seu alinhamento o qual essas texturas pressagiavam, a vinda de Vultur. Ao fim a obra contém o Primeiro Dis-curso de Vulturlorgia expondo uma espécie de manifesto fisiológico-estético-intelectual que compactua Saber & Orgia.
    Vultur como emanação ar-tística e estilística faz reverência à Austin Osman Spare, Friedrich Nietzsche, Hakim Bey, Guimarães Rosa, Heidegger, os Surrealistas entre muitos outros que do futuro foram emendados formando o composto total que ainda se desenvolverá para dar sentido à um movimento cultural que já se enraíza nos dias de hoje, abrindo uma senda artística, intelectual e amoral que se confrontará com os tempos áridos de repressão que se erguem.
   Contra tudo isso a proposta em suspenso e emanadora de Vultur é uma: libertar o Daimon pessoal de cada um, fazer vulto no presente, desmoralizar as ideias através da nudificação das palavras e discursos vazios e sentido que as sustem...
    O Daimon do Êxtase alça voo, a estética da super-sensualidade e êxtase-feio arroga-se como asa negra sobre uma sociedade ultra-iluminada por luz de neon.
    Vultur vem futere com tudo isso!

 Micro-Obra completa em PDF:



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