12 de jun. de 2019

Δistαnte

Quem já transformou um instante em uma eternidade já esteve na posse do amor... Senti isso quando te abracei, e minhas mãos congelaram no toque dos teus ossos, debaixo da carne, da forma que desejo... & quando, muito perto, seu hálito era de menta e tinha a reverberância de beijos que não tive, saudades dessa vertigem... Quem já descobriu a casa da alma, sabe que o coração é fortaleza, & bate descontrolado em busca de dores que não damos esse nome... Senti isso com o nome de 'desespero' algum tempo depois da distância real entre o 'instante' & a 'eternidade' desabarem, & eu estar de mãos vazias... & nas dispersas encruzilhadas que se tornou o caso de nossos acasos, eu renasço de lembranças do que de mais belo habita o vazio no peito... (Não estás distante, és abismal)

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