8 de set. de 2020

Anuário

 Ciranda do Tempo

Ampulheta do Espaço
em conjunção
fornicam retorno & peso,
Ali, meus passos incertos
sobre minha própria & única sina...

É preciso vastidões
de florestas, campos, mares & desertos
para se perder & encontrar-se!

O Tempo circula
& ejacula permanência
onde não devia haver coisa alguma,
& o Espaço desaba
destroços que se amontoam
no campo onde dançamos com o nada...

Viventes & existentes
coabitam nesse abismo do eclipse
Cindindo cada um
entre o retorno & o novo
de novo & de novo &...

Quem é vivo
se afoga no tempo...
Mas quem existe,
cruza os espaços!



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