1 de nov. de 2015

O Vôo do Falcão (Um poema de tríplice beleza)


“Como sabeis, que cada Pássaro que irrompe
a ventania não abarca um imenso universo de
delícias, imerso em vossos cinco sentidos.”

William Blake
in “Casamento do Céu e do Inferno”

Tradução Alberto Marsicano, Ed. L&PM


“...
   Os falcões-peregrinos estão entre as aves mais rápidas da Terra, mergulhando sobre o alvo a velocidade de até 320 quilômetros por hora. Mas eles poderiam voar ainda mais depressa se o fizessem em linha reta em vez de seguir uma trajetória espiral até suas vitimas. O biólogo Vance A. Tucker da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, EUA, passou anos se perguntando por que os peregrinos não usavam a distância mais curta até a presa. Então ele percebeu que, como os olhos dos falcões ficam nas laterais de suas cabeças, para tirar vantagem de sua visão extremamente aguçada, eles precisavam inclinar a cabeça 40 graus para um lado ou para outro. Tucker descobriu em experiências num túnel de vento que essa inclinação de cabeça os deixava mais lentos. Os resultados de sua pesquisa, que foram publicados na edição de novembro de 2000 do Journal of Experimental Biology, mostram que os falcões mantêm a cabeça em linha reta e seguem uma espiral logarítmica. Devido à propriedade equiangular  da espiral, esse caminho lhes permite manter seu alvo à vista enquanto maximiza a velocidade.
   O fascinante é que a mesma forma espiral encontrada na foraminífera unicelular e no girassol e que orienta o vôo de um falcão também é observada nos ‘sistemas de estrelas agrupadas em um plano comum, como as da Via Láctea’...”

Mario Livio
in “Razão Áurea”
Trad. de Marco Shinobu Matsumura,
Ed. Record



“Para ver um Mundo em um Grão de Areia,
E um Céu em uma Flor Selvagem,
Pegue o Infinito na Palma de sua mão,
E a eternidade em uma hora.”
                                                    William Blake



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