1 de ago. de 2016

Ano Sabático: Finnis

Se vai enfim
   o tempo que entreguei ao tempo
      o espaço que sacrifiquei ao nada
Sem querer ou sem sofrer
Apenas passou dentro do mesmo estado vago
Ínfima vaga de minha mente!

Uma volta no Sol
   pra descobrir de novo
     que o Sol não cabe entre a Terra e a Lua
        prisão da alma
Mas um instante de tédio preenche o Universo
E sacrifica ao silêncio possível a carga da solidão...

Devagar
Pelo seu vagar confuso
O cadáver redivivo
   ergue a caveira da sepultura milenar
Oh! Corpo de desejo,
   queres te desvencilhar enfim
      do descaso de teus órgãos e sistemas artificiais!

Acalma-se tudo em volta de mim
Minha preguiça contagiou até a virtualidade
   porque efetivamente fiz do descaso com tudo
      um ato de ofensa máxima possível
         ao criador da criação... feira de insignificados...

Fugir de tudo
   é uma forma de dizer à realidade

      que ela não conseguiu te corromper!







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