7 de abr. de 2017

...Atualizações ao teu exilio

Queria te incomodar com beleza & arte...
...plantar sementes de sonhos na aridez de nossos pesadelos.
Queria viver de poesia & dos teus lábios...
...colher toda paixão que plantei.
Queria morrer de excessos & coisas inúteis...
Mas como maldição,
você deu ouvidos ao único conselho que lhe dei:
-Erre!
& não prestou atenção na afeição...

Eu tenho a vida já a mais pela metade
& um espírito que é inteiro, mesmo despedaçado.
Esses dias, a morte tem me visitado o pensamento
& ela insiste que sentir é o mais importante,
seja dor ou alegria, saudade ou presença, real ou imaginação,
Não faz diferença no final:
O peito foi feito para ser atingido por balas de canhão
Tempestades em copo d’água são formas de ensaiar para o inevitável...
O ser humano não é tão fraco, ele é da forma da dor & do prazer.

Queria afirmar todo sim... mas tive poucas chances
de fazer da distância chance de se olhar mais auroras no caminho...
Queria sempre seguir em direção à minha estrela... mas ela sempre dorme no ocaso...
Queria reafirmar meu pacto com a paciência...
mesmo sabendo que ela é só desistência de exasperação...
Agora vou comemorar, mesmo só, o dia em que você nasceu...
A morte enfim é uma festa!

Eu tenho esse mau hábito de crer em mágicka
& ver que essas coisas sempre encontram um jeito de funcionar,
Toda noite eu mexia em cada ferida que me causei
para não deixar nenhuma porta para você entrar se fechar,
seja ilusão ou desperdício, loucura ou ritual, se assim te faço bem ou muito mal,
Não faz diferença no início, a vida foi feita para acabar.
& eu não vou dar a chance de definhar algo que eu sei ser imortal,
a farsa ainda é a melhor forma de tolerar a existência!

Essa é a minha arte, esse é o espólio do seu exílio.


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