1 de dez. de 2020

Divagações...

 

& repousando nu, nas certezas do tempo,
na inércia do desamparo,
o que aprendemos, por dentro?
Que as engrenagens giram alienadas,
sem saber para que...
& que tudo não passa
de uma fantasia para nos submeter!

A vida não emerge... é só um estado
de repouso entre o nada & o tudo,
Mas eles se misturam,
não se permutam,
Se auto-destroem, se auto-poluem
porque nada que vem a ser
suporta saber
que não será para sempre!

Então muitos, a maioria, prefere a mentira
preferem o mal,
As cores, os aleluias, o delírio...
& de mal em mal, sorrindo e ululando,
vão fazendo do mundo: inferno...

& nós aqui,
os fracos, os parcos, os conscientes
Flertamos com o sono, com o sonho,
com a escuridão...
Tiramos lição do amor & do sofrimento,
quase para nada, também!
Como se encarar nos olhos o medo
fosse a única retribuição por estar vivo.
& toda essa insatisfação fosse a única verdade
capaz de descobrirmos sobre a malha orgânica infinda
de um Universo que é sinal inequívoco
de decepção!



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