2 de nov. de 2021

Matéria

 

Carne que derrete & se transforma
   em eletricidade que recompõe
Teias magnéticas tecendo
   êxtases que nos justificam
Levando à convulsão
   & o cansaço
      de encontrar o que buscamos

Repousando nesse desassossego
   no tempo que se aprofunda
Em um fundo fosso
   de dormência atávica
Nós somos partes decompostas
   de um todo que visa ápices
      sejam quais forem

Na morte, no sexo,  no esquecimento
   o calor máximo, o frio extremo
A tortura limite, o maior prazer
   somos pouco para tanto
Mas a potência nos pertence
   vivemos uma vez
      & nos basta a querência que impulsiona



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