Só depois de me envenenar
me arrependo
& não tem como pender
pro lado da lamuria, resta tolerar
Antídotos são prescritos
& no sono ainda agito
mais do que orações
para se evitar o mal a me corroer
Os riscos no corpo
são crateras, traços de colisões
que não se pode evitar
mesmo podendo se prever
Eu tenho duras penas à cumprir
& deixar outras para escrever
antes que seja tarde
a morte pelos venenos chegar
& os riscos que não recortam
só rabiscam no confuso corpo
cravado de alma, mapa sem norte
& abismos a se percorrer
& preste atenção, aguente calado
porque a vida é selvagem
mas a existência há de retribuir no equilíbrio possível, sem se importar com os outros
um mesmo certo tanto de sofrimento & delícias para cada um de nós
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