10 de jun. de 2025

Avesso

 

Eppur si muove
...
Nossa infância assombrada
Por todos os medos
Insegurança
Superstições
Fraqueza
Fragilidades da inexperiência
...
Deve haver uma insanidade
No cançasso sem compensação
No desgaste sem fricção
Na insensibilidade antes da experimentação
Na culpa antes da razão
...
É a semente dentro da fruta
Que apodrece caída da árvore
Abandonada no chão frio
Ao relento & em contato
Com coisas rápidas & furiosas
& frutifica
...
& de repente somos mais
Candidatos à felicidade
Convidados à morte
Somos sempre mais
Na incompletude da transitoriedade
...
Algo irrecusável não é um convite
A vida não é inevitável
O fim sim
Apreciar está tão próximo ao desejar
Quanto a cura para um mal incurável
Confuso entre a paixão & o desespero
...
O bem banido na proporção certa
É o índice do quanto somos livres
A inteligência é o máximo da maldade
Destinada a nós fazer sobreviver
...
Deve haver um sentido
No esforço antes do descanso
Na economia antes do gasto
No amor antes da morte
Na inocência antes da perversão
...
Se nos equilibramos
Apenas nas compensações
Somos quem dá sentido
& retira valor
Disso tudo que somado
Não significa nada
...
sottosopra!




Nenhum comentário: