Eu moro na tempestade
Mas não no furor
& sim na segurança de lá estar
Perto da fúria
dentro do coração
Caminho escutando mortos
Nada do além
mas nas canções que gosto
Todos que partiram tem lá sua perfeição
Meus dias são vagos
Menos por falta do que fazer
& sim por não encontrar alguém que mereça
eu dar meu tempo, minha atenção
Seguimos em frente
com tecido da realidade rasgado
Em um instante quem seguia junto
vai cada um
para um lado diferente
Eu só me fio no causo aprendido
Que tudo passa
& o que fica é só a banalidade
impossível de se modificar
Realmente não me interessa
nenhuma opinião alheia
Eu confio no lugar seguro
dentro da tempestade
Ouvindo a transmissão da meia noite
na frequência do grande meio dia
& sigo assim... menos inquieto
mais sabendo o que quero
o que devo querer...
Pois a realidade quando se rasga
arranca o véu do que era passageiro...
& só fica
a face eterna nua
em estrondo permanente do trovão!
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