O caminho é uma trilha de música, 
   ruídos, murmúrios, ecos,
      da cama até onde nos enganamos 
   achando ganhar a vida, perdendo-a,
Dos sonhos até a dura realidade...
À leste o incêndio da alvorada avança 
   refreando ou alvoroçando os desejos;
Está tudo cercado de compromissos,
   desde nossa pele para as feridas
      até o escasso tempo 
         que vendemos para a lida...
A prisão entra pelo relógio 
   avança pelo intestinos, 
      passa pelos olhos, os ouvidos, nariz;
A prisão é uma presença invisível 
   que sentimos mas não identificamos
       & assim não temos como escapar...
Tudo parece mas não é
   mesmo sendo
O sono que não descansa 
   a prosperidade que não desonera 
   o amor sem retorno
   a tranquilidade sem serenidade...
Então... 
   só quando o dia amanhece
É que vemos o estado do céu acima de nós
& o que se esconde nas sombras 
   que nos cercam;
Até não poder, de novo, nem fugir,
   só fingir que não há nenhuma dor...

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