22 de jan. de 2018

Mito-Poiésis Vultur - (em)Cerramento:


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    Daimon\/Ekstasis

A mito-poesia funda & refunda, a toda instante,
o êxtase, pois é um (v)ir e não chegar...

Ao longo desta obra revemos e expandimos os conceitos referentes ao que seja então uma Mito-Poiésis Vultur dentro da obra e da própria existência deste autor, trazendo novamente à baila emanações que ao longo do tempo foram compondo o todo, ainda em desenvolvimento, das referências psicológicas, mitológica e artísticas pessoais que se dão como uma autêntica Obra.
   Os pormenores das sendas que levaram a tal e tal asserção dentro da obra são muitas e quase impossíveis de se relatar, o que fica é realmente o exposto publicamente, o horizonte de eventos cujas coisas que o circundam são emanado de um ponto futuro completo e perfeito que só o nada da morte porá um ponto final.
   Na galáxia emanativa da obra vibram as escalas do que foram sendo “des-cobertas” na experiência existencial humana do indivíduo.
    O que podemos conclusivamente asseverar da fonte futura de emanação de todas essas coisas é o Amor & a Liberdade, sentimentos com os quais o ser humano digladia e se emaranha para dar ao mundo a presença obvia de sua passagem pelo intervalo da vida.
   Se eu fosse cravar o que seria esse ponto final completo do qual provém toda inspiração para emanar, pelo que consequentemente experimentei até então, um vislumbre do futuro que me impulsiona, eu poria não uma coisa ou um objeto, mas uma condição, um estado de ser, que por ventura chamaria Completude ou Totalização, mas que teria incluído certas características intuídas, a saber, a realização de um grande amor, a convicção de uma certeza espiritual e o encontro da felicidade, que somadas resultam em algo espantoso.
   O grande amor possuiria a forma de uma mulher específica, o coronário de uma fé seria uma apreciação espiritual-cientifica, e a felicidade seria a possibilidade emanada da serenidade do saber amoroso.
    Tais “coisas” tão gerais, assim ditas, mas tão significantes pessoalmente, dentro do meu coração, dão a dimensão de algo que pode parecer louco o genial, mas também parcial ou enganoso, tomado por um ou outro leitor ou pessoa qualquer que vive e está no mundo. Isso seria “o Sentido da Vida”!
    Tal coisa, propriedade da busca intensa de tantos ao longo de toda historia humana, dita assim, poderá, como disse, parecer intricado ou simples, pois não é nada para além disso, que em dias e noites afins de incansável esforço ou proporcional exaustão, cada ser humano se viu e vê em algum ponto da vida confrontado: uma resposta para o por quê de estarmos aqui!
    Que tal inquisição venha a uns em momentos de sofrimentos e desesperos, a outros nunca aconteça, e para alguns venha como evidência é tácito e tão humano como a fé religiosa ou o medo ou  anelo pela morte, e a busca incontrolável por alegrias. E que esse autor a tenha na forma de Obra de EmanArte desvencilhada em uma Mito-Poesia não é nada além de humano também.
   Afinal são os indivíduos sempre que lançam menos ou mais seu vulto sobre os outros, como estrelas atraem para sua órbita planetas aprisionados sob o julgo e influência de seu gênio ou tirania, para dar sentido ou marcar passagem no matagal sem trilha da existência.
    O que se emana nessa mito-poiésis Vultur não é nada além disso, e ao mesmo tempo muito mais, pois é o trabalho de uma vida que se lançam ao trabalho conscientemente, e não apenas reagiu ao mundo, ou melhor, reagiu sim, mas de forma à dar ao mundo muito mais que a maioria dá, uma resposta e um ato de rebeldia ao entender a dinâmica do vir-a-ser. Vê-se nisso uma ação original, e não apenas um ato de reflexo.
    Sim! Se o principio fundante futuro do Vultur é o Amor, a Liberdade e a Felicidade, tudo isso se posta como Rebeldia diante um mundo que através de processos de contratos e coerções cientes ou subliminares se fechou ao verdadeiro Amor, ao Verdadeiro Deus, e à Verdade sobre o ser humano, sem Liberdade de ser e sem compreender a dimensão da Felicidade.
    Não quer o Vultur chegar à Verdade, não! Como dissemos, nosso interesse não é a Verdade, a Filosofia, e nem sequer o Bem e o Belo, pois tudo isso são sinais de precariedade, ou antes, querer isso é sinal de precariedade e deficiência, estética e ética do ser humano, causada justamente pelo conluio dito acima do ser humano com o mundo, em seu Zeitgeist incessante que tritura a humanidade em troca de muito pouca coisa.
   E quando o Vultur diz que seu objetivo é a Literatura, ele quer dizer muito mais, pois a “literatura” aqui é o que se convencionou a chamar de Arte, que muitas vezes foi escrita para significar a autenticidade, assim como a Alquimia, a Luta, o Autoconhecimento, etc., as Artes.
    A Literatura de tudo, desde os códigos que compõem o Universo, passando por todos os genomas dos seres viventes, até os algoritmos do mundo virtual com o qual agora nos confrontamos indicam a senda da Mito-Poiésis que o Vultur então reverbera de forma menor em sua “arte”, emanarte! Literatura é o Sentido!
   O Vultur vem para dar seu sentido às coisas, e que isso apareça como obra de emanarte é consequência do encanto e da sedução produzida por quem dá sentido às coisas.
    Cremos de forma maior e superior que na existência, o porque do ser humano é dar sentido às coisas, que não tem ou não precisam ter sentido algum, mas esse dar sentido transforma o mundo. Gostaríamos de ter uma palavra para esses “dar sentido”, e talvez à urdiremos um dia, até agora bastou a chamar de Amor, e seus frutos na consciência individual de cada um, pois dar sentido é entender a coisa, é mitologicamente, se misturar à coisa, copular com ela e daí do extremo gozo de ser um com ela em transparência, saber o que ela significa, dentro do coração.
   Então o entendimento do sentido do mundo e da existência leva o individuo aquela serenidade impassível, que muitas vezes vemos retratada na posição e no olhar dos sábios e dos loucos, que paira além do bem e do mal, vibrando de quietude!
   Ora! Encontramos mais rápido do que imaginávamos o termo para se referir ao sentido encontrado na existência e que nomeia então a obra do Vultur (e de cada ser humano autêntico), e para quem não a percebeu ao longo de toda essa explanação faceira e literal das coisas, a grafamos no final deste compêndio mito-poético de emanação, o ponto futuro que nos insufla a emanar e do qual advimos todos e vamos ao encontro também, fruto do daimon (gênio) humano a fonte de tudo e o objetivo da existência:

Êxtase!


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