6 de jun. de 2023

Quadro Negro

 

Até que tudo que fizemos por amor não se torne um ato tal como de vingança
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Pereceremos nas mãos de quem nos renegou à saudade
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Mesmo não estando mais nessas mãos


A noite pari mais uma vez a solidão & não passa na cabeça possibilidade de perdão
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O chão de giz está traçado com a linhas da dispersão, tudo pode acabar então
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& no mais... estou indo embora


Riscado com giz há de ficar, para o vento apagar
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A grande verdade: que sou melhor do que isso tudo que me aconteceu
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Mas tudo é também um caminho de mão dupla

Na linha que se risca há alguma coisa incerta
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Um risco, cicatriz, uma ferida, escrita no quadro negro vazio da vida
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Tão fácil de apagar com ou sem despedida




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