4 de jun. de 2023

ReciclAgem - ReciCaos

 

É do saber inato mas inaudito
Que quem gera palavras
   deve comer luz refletida
      & excretar sombras...

Meus sonhos são fotossíntese, meus poemas excrementos, minha dor reciclagem do amor...

Sou poeta
   & devoro a mim mesmo...

Ajuntei essas letras e compus frases feitas de sílabas aleatórias no tempo & na convenção...

Tocava música & não sei sua influência no clima do hemisfério esquerdo...

Havia pessoas falando em volta & desconheço suas origens...

Falavam saudades dentro de mim que eu queria calar...

Me seduziam musas transparentes da noite fria anterior...

Tudo calava & gritava no mundo fora de mim que me penetraram sem eu convidar...

Mil livros na estante, dez amores no coração, ninguém para compartilhar... as palavras vazias de sentido que atingem um só alvo: eu!

É do saber inútil
Que quem gera palavras
   como lágrimas congeladas no sono
Não morre,
   mas já se de/compôs.



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