2 de dez. de 2025

Vɛřvŭŕå

 

Falo uma língua nova
Às vezes nela grito, escrevo, esqueço

Ela flui da interioridade, de uma anterior idade
Ou de uma posteridade procastinada

Eu falo em uma língua nova
Língua quase extinta de um homem só

O sânscrito dos sãos, o inglês dos anjos
Grego das egrégoras, português dos urgentes

Metalinguagem original
De meus sentimentos

Falo uma língua nova
Que reverbera o que vim para falar

Fala que não tem ouvidos para a escutar
Palavras que ainda irão ser encontradas

É a prosa da rosa, a poesia da ousia
Verve da fervura, canto dos encantos



Nenhum comentário: