8 de out. de 2019

Barco Fantasma

Vou sair essa noite,
a tempestade me convoca...
Navegar nas ruas da cidade
por entre a tormenta
de asfalto & faltas...
Vou sair essa noite
antes que Júpiter colida com a Lua
& beber do cálice de estrelas derramadas...
Não será manhã antes de achar
o tesouro escondido
nos confins desse agreste
mar do amar...
A sereia que persigo
me atrai para ruína
lá onde naufraga a saudade dela,
um bar perdido no convés da solidão...
Vou sair essa noite
para no nada vergar,
a tormenta não incomoda...
Só careço de um porto para chegar
ou o fundo do sentimento oceânico
para me afogar...


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