Estranho...
como há coisas nesse mundo
que estão tão atadas
que ódio nenhum separa,
& há coisas tão distantes
que amor nenhum une...
Não falo daqueles
que o amor uniu & o ódio separou,
Mas dos condenados
a ficarem juntos sem a razão
que a própria razão desconhece
& a estarem distantes
por tal lei que os iguais se repelem.
Já que para uns, a tristeza que os une,
é consenso entre ambos;
& para os outros, a felicidade que uniria,
é procurada em outro lugar.
Assim somos todos iguais
& somos tão diferentes
cumprindo a sentença da comodidade:
Padecemos do que ninguém merece
& ignoramos, achamos não merecer
a felicidade que acontece!
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