O dia comum é a véspera do feriado
O silêncio é a véspera da tempestade
O esforço a véspera do gozo
O casulo é a véspera da borboleta
A galáxia a véspera do buraco negro
O raio a véspera do trovão
A escuridão é a véspera da luz
& a causa a véspera da realização
Véspera
desacelerando entre os sólidos do tempo
que descarrilha rumo ao passado...
Sempre rumo
à noite anterior
na repetição dos dias...
De
onde
tirar
esperança
se
tudo
é
sempre
igual
?
Às vezes você é a esperança
Às vezes é o desespero
de si mesmo...
No fim do dia, começo da noite
Vê que o que passou já se repetiu
No fim da noite, começo do dia
Cega a mente com a crença
que é possível desistir
Pois se tudo é casual
Nunca é véspera do sempre
& o ininterrupto é só uma corrupção factual
de uma visão distorcida do real
Rumamos
de
véspera em véspera
ao
indeterminado
atemporal
nossa
origem
&
final
Na
véspera
da
eternidade...
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