28 de dez. de 2024

Nos Dias Suspensos

 

Os dias finais do ano
   passam como se nem existissem,
São como lacunas
   que consciência racionaliza espaço vazio
      com tempo perdido...

Depois do Sol Invictus natalício
   & das ruas vazias como se
      a estação morresse & não nascesse outra,
Esses dias amarrados são
   como se o ano nunca fosse acabar.
Vamos, como em suspenção,
   presos à um tempo que não existisse
      repetindo o desespero nos atos
         que marcaram o ano que passou.

De dia ainda podemos circular
   adentramos espaços ocos,
      procurando, fugindo...
   tudo & todos pressagiam,
      silenciosas mudanças,
Nas noites ainda sonhamos
   como se nem dormissemos
      mas fosse tudo repetição,
   ecos de todo um ano...
  
Pomos em tudo nesses dias uma urgência
   já que parecem parar,
      ou antes... indefinir!
Sentimos enfim,
   com as horas preciosas que restam ao ano
      o quão é raro também
         os momentos da vida!



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