22 de dez. de 2024

Incomunicado

 

Ninguém sabe
   Há um silêncio velado
      na boca do futuro
Ninguém percebe
   Uma névoa densa
      sob os olhos do presente
Ninguém captou
   O ruído branco
      nos ouvidos do passado

         Não esparamos
     Não preparamos
Não entendemos
     Não nos contaram
         Não intuímos

O tempo acaba depressa
   Cada momento some
      mais rápido do que surge
O tempo acaba depressa
   Cada movimento empurra
      para mais longe o passo que o iniciou
O tempo desaba com pressa
   & o espaço à atravessarmos
      um dia não conseguiremos mais


 

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